Adalberto Amarilio dos Santos Junior foi encontrado morto em um buraco com três metros de profundidade nesta semana próximo ao Autódromo de Interlagos. Entre pistas como sangue no carro e possível morte por asfixia, porém, ainda restam muitas perguntas sobre o caso do empresário de 35 anos que chocou o Brasil nesta semana. 

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Afinal, ele realmente foi assassinado?

O primeiro ponto chave da história é se Adalberto foi assassinado ou se, eventualmente, um acidente pode ter causado a morte do empresário. O laudo preliminar aponta que o empresário morreu por asfixia por compressão torácica, porém as autoridades ainda não têm claro se o óbito foi causado por alguém ou pelo próprio peso da vítima dentro da vala. Há dúvidas, por exemplo, se ele foi colocado lá ou se poderia estar desorientado.

Por que Adalberto foi parar no canteiro de obras?

O local em que o empresário foi encontrado é um canteiro de obras próximo ao Autódromo de Interlagos. Mas como ele chegou até lá é outra pergunta que ainda precisa ser esclarecida pelas autoridades. Como não há imagens de câmeras de segurança no entorno, a questão é se ele foi levado até lá, se estava fugindo ou se, eventualmente, estava simplesmente perdido na região. Amigos relataram à polícia que ele havia consumido maconha e álcool naquela noite.

Ele estava vivo ou morto quando foi colocado na vala?

O laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) ainda não apontou se Adalberto estava vivo ou morto quando foi colocado — ou caiu — na vala. Isso aumenta ainda mais a incógnita sobre se o caso se trata de um homicídio ou, então, de um acidente. 

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Por que havia sangue no carro dele?

Algumas manchas de sangue humano foram encontradas no interior do carro de Adalberto, em pontos diferentes do veículo. Uma análise de DNA vai identificar se o material é do próprio empresário ou então de uma terceira pessoa. A cena interna no carro dele também pode ajudar os investigadores a entender se houve violência ou não.

Por que ele estava sem calça e sem tênis?

O corpo de Adalberto foi achado na vala sem calça e sem tênis. Como não se sabe ainda sobre o envolvimento de terceiros ou sobre o contexto do sumiço do empresário, todas as hipóteses ainda são válidas para a polícia — desde um possível caso de violência sexual, desorientação por efeito de álcool e drogas ou, até, tentativa de fuga.

Relembre o caso

Outras questões como se houve o envolvimento de terceiros em um eventual crime de latrocínio — roubo seguido de morte — e se há relação com um assalto sofrido por um amigo de Adalberto no domingo ainda precisam ser esclarecidas. 

Adalberto, vale lembrar, foi encontrado morto na terça-feira (3) dentro de um buraco de uma obra do autódromo, com uma profundidade de três metros por um diâmetro de aproximadamente 80 centímetros, conforme descreveu o diretor do Instituto de Criminalística da Polícia Técnica-Científica de São Paulo, Ricardo Lopes Ortega.

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A última vez que Adalberto havia falado com a esposa tinha sido na sexta-feira (30), às 19h40min. Ela ficou preocupada que ele não havia voltado para casa à noite depois do evento no autódromo e ligou para um amigo dele que também estava no local.

O amigo contou que, ao se despedir dele, Adalberto disse que contornaria o autódromo para buscar o carro. Entre o estacionamento e o local em que foi achado o corpo, a distância é de 200 metros. Durante o evento, Adalberto consumiu maconha e oito copos de cerveja durante o show do cantor Matuê no evento, por volta das 19h45min. Por isso, ele estava “bastante alterado e agitado”, segundo Rafael.