O homem apontado como responsável pelo assassinato da própria esposa em Dona Emma, no Alto Vale do Itajaí, foi encontrado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante uma blitz feita na manhã desta segunda-feira (19), na BR-470, em Blumenau. O crime foi cometido há pouco mais de um mês e o companheiro da vítima permanecia foragido desde então. Além do mandado de prisão por feminicídio, ele também dirigia um carro roubado e tinha um revólver calibre 38.
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Ao ser surpreendido pela ordem de parada da PRF nesta segunda, o homem ainda tentou fugir em alta velocidade e provocou dois acidentes até ser alcançado pelos agentes, mas ninguém ficou ferido. Dentro da Toyota Hilux que ele dirigia havia, além da arma, 77 celulares importados de forma irregular do Paraguai.
Já o veículo tinha registro de roubo há dois anos em Ribeirão Preto (SP) e teria sido clonado, tendo em vista que circulava com placas de outra Hilux com as mesmas características que o carro abordado pela PRF.
Também foi confirmado que o homem de 32 anos, natural do Paraná, tinha em aberto um mandado de prisão por feminicídio cometido em Dona Emma no dia 13 de janeiro deste ano. Além do crime citado, ele irá responder por receptação, porte ilegal de arma e descaminho.
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O assassino foi conduzido até a Polícia Federal, em Itajaí, e, posteriormente, será levado ao sistema prisional.
Relembre o feminicídio em Dona Emma
Era por volta das 18h do dia 12 de janeiro, uma sexta-feira, quando a Polícia Militar chegou à casa de Eunice Bertoldi, de 43 anos, na comunidade de Nova Esperança. Lá os agentes se depararam com a porta dos fundos encostada e as luzes acesas. Ao entrar na residência, a guarnição avistou a mulher no chão do banheiro com uma perfuração na cabeça, que os militares consideram ser em decorrência de um tiro.
O corpo foi encontrado depois que o cunhado dela ligou para o 190 e contou que o irmão tinha cometido o crime. O companheiro da vítima tinha fugido e estava desaparecido desde então. Nice, como era conhecida, deixou dois filhos.
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À época, pelas redes sociais, amigos e familiares mostraram indignação pelo ocorrido. “Até quando vamos ver mulheres sofrendo e sendo mortas”, desabafou Rosangela Hoepers. Outra amiga, Maria Arlete Tenfen, escreveu: “Mais duas crianças sem mãe. É muito triste tudo isso”.
*Sob supervisão de Pedro Machado
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