O assassinato da adolescente Vitória Regina Sousa, de 17 anos, em Cajamar, na Grande São Paulo, trata-se de um crime passional cometido por um homem que teria um relacionamento com um ex-namorado da jovem. As informações são do g1, Folha de São Paulo e Globonews e têm como base a Polícia Civil.
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Segundo a linha de investigação, o homem teria confessado o homicídio a um amigo, que ajudou a transportar o corpo até a área de mata em que ela foi encontrada na última quarta-feira (5). Uma terceira pessoa também teria ajudado no homicídio. Os três estariam escondidos em uma área de mata em Cajamar.
O corpo de Vitória foi encontrado nesta quarta-feira (5) com o cabelo raspado, sinais de tortura, e sem roupas. A polícia investiga se ela foi levada para algum cativeiro, onde pode ter sido torturada e morta, para apenas depois ser colocada na área de mata onde foi localizada.
O ex-namorado da vítima, Gustavo Vinícius Santos, chegou a ser alvo de um pedido de prisão preventiva por divergências no depoimento dele. A Justiça, porém, negou o pedido dos investigadores. Segundo o delegado, ele continua sendo alvo do inquérito porque “saberia que o crime seria executado”. Ao todo, já foram ouvidas 14 pessoas no caso.
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Os últimos passos de Vitória
Vitória desapareceu depois de sair de um shopping da cidade, no bairro Polvilho, onde ela trabalhava como operadora de caixa em um restaurante. Ela saiu por volta das 23h do dia 26 de fevereiro e foi em direção a um ponto de ônibus perto do local.
Lá, ela encontrou uma amiga, que disse, em depoimento, que a jovem estava agindo de forma “estranha e ríspida antes de embarcar”. Ela pegou o ônibus e desceu em outro ponto, onde esperou por mais um transporte. Foi quando dois homens que estavam em um carro a assediaram. Ela chegou a enviar áudios e mensagens para uma amiga, com medo.
Os áudios estão transcritos abaixo:
- “Passou os cara no carro e eles falou: ‘E aí, vida? Tá voltando?’. Ai, meu Deus do céu, vou chorar. Vou mexendo no celular. Não vou nem ligar pra eles”.
- “Ah, deu tudo certo. Eles entraram pra dentro da favela. Uh… saiu até lágrima dos meus zóio agora. Nossa, até me arrepiei”.
- “A hora que eles passaram lá do outro lado e falaram, ‘aê, vida’… aí eles voltou, fio, pra quê… falei: pronto, esses menino vai voltar aqui. Mas aí eles entraram ali na favela”.
- “Acontece essas coisas eu não consigo correr. Eu paraliso. Eu não sei o que eu faço. Eu não consigo correr. Eu fico parada”.
Em outras mensagens, a garota disse temer por sua segurança devido a dois jovens que estavam com ela no ponto de ônibus. Um deles teria entrado com ela no ônibus, por volta da meia-noite. Com medo, ela chegou a pedir uma carona para o ex-namorado, ainda no ônibus, mas ele não respondeu. Vitória costumava voltar para casa com seu pai, mas naquele dia o carro estava quebrado.
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Vitória desceu do ônibus no ponto final e seguiu caminho por uma estrada de barro, sem luz, para sua casa, em Ponunduva. Segundo testemunhas, dois homens a perseguiam num Toyota Yaris. O carro de Gustavo também foi visto na vizinhança.
- “Tem uns dois meninos aqui do meu lado”.
- “Tô com medo”.
- “Um ficou e o outro pegou o mesmo ônibus”.
- “Ah, amiga, mas tá de boa. Eles tavam no ônibus, só que nenhum deles desceu no mesmo ponto que eu. Então tá de ‘boaça’. Não tem problema nenhum”.
Depois disso, a jovem não se comunicou com mais ninguém. Segundo peritos, Vitória foi morta com uma facada no tórax. O delegado informou à Globo que ela aparentava estar morta há cerca de cinco dias.
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