O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes devem se encontrar na próxima segunda-feira (3), no Centro Integrado de Comando e Controle, em uma audiência para tratar sobre a megaoperação realizada nos complexos da Penha e do Alemão no começo desta semana. As informações são da CNN.

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Castro deve esclarecer a Moraes se foram cumpridas determinações judiciais na operação que terminou com 121 mortos, incluindo quatro policiais. Na quinta-feira (30), uma reunião entre a cúpula de segurança pública do RJ, Castro e deputados de oposição já havia acontecido para “observar o cenário de guerra civil”.

Neste encontro, Castro havia dito que a audiência entre ele e Moraes seria “técnica” e não “política”. A reunião acontece às 11h, com a presença do Secretário de Segurança Pública do Estado, o Comandante da Polícia Militar, o Delegado-Geral da Polícia Civil e o Diretor da Superintendência-Geral de Polícia Técnico Científica.

Na decisão do ministro, não ficou definido o local específico do encontro na capital fluminense. A audiência acontece na segunda-feira (3), às 11h. Além da presença de Castro, Moraes intimou também o Secretário de Segurança Pública do Estado, Victor Cesar Carvalho dos Santos; o Comandante da Polícia Militar, Marcelo de Menezes; o Delegado-Geral da Polícia Civil, Felipe Curi; e o Diretor da Superintendência-Geral de Polícia Técnico Científica, Wladimir Reale.

Megaoperação

Ao todo, 121 pessoas morreram na operação, sendo quatro policiais, identificados como Marcus Vinicius Cardoso, de 51 anos, Rodrigo Cabral, de 34, Heber Carvalho da Fonseca, de 39, e Cleiton Serafim Gonçalves, de 42, e 117 suspeitos de envolvimento com uma facção criminosa, alvo da ação.

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A megaoperação teve como objetivo cumprir mandados de prisão contra integrantes dessa facção, sendo 33 deles fora do Rio de Janeiro, que estariam escondidos em favelas.

Entre os 99 corpos identificados no Rio de Janeiro, 40 eram de outros estados do Brasil. Do total dos identificados até agora, 78 tinham histórico criminal (homicídio, tráfico de drogas, etc), sendo que 42 tinham mandados de prisão em aberto.

Veja fotos da megaoperação