A Secretaria de Estado da Saúde alertou a população catarinense sobre o aumento da circulação dos vírus respiratórios que causam doenças como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), incluindo a influenza, em Santa Catarina. Os casos têm sido provocados principalmente pelas baixas temperaturas que SC vêm enfrentando nos últimos dias, com a aproximação do inverno. Com a população procurando mais os serviços de saúde, há impacto também nas unidades hospitalares e na ocupação de leitos de UTI. Até esta quarta-feira, pelo menos cinco regiões estão no “vermelho” no mapa que exibe a taxa de ocupação de leitos UTI para adultos, acima de 95%.

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A região do Foz do Rio Itajaí é a mais crítica, com 100% de ocupação para esse público. Isso quer dizer que se alguém precisar de um dos 65 leitos de UTI ativos na região, não vai encontrar. Esta é a única região que também está com todos os leitos de UTI geral ocupados, incluindo adulto, pediátrico e neonatal.

Em seguida, a região do Planalto Norte e Nordeste também chama a atenção pela alta taxa de ocupação: 99,5% dos leitos de UTI adultos estão sendo usados. No geral, a região está com três leitos disponíveis, o que significa que 99% estão ocupados.

A região da Grande Florianópolis também está com altas taxas de ocupação, chegando a 97,3%. O Vale do Itajaí (96,9%) e a Serra catarinense (96,4%) também estão em situação crítica em relação ao leitos de UTI adulto.

Segundo o governo do Estado, as doenças respiratórias, ao lado de doenças cardiovasculares e Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs) estão entre as principais causas de internação em leitos de UTI em SC.
A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nota afirmando que a taxa média geral de ocupação dos leitos é de 91,9% e afirmando que o Estado já abriu 264 novos leitos de UTI, entre adultos e infantis, desde 2023. Também sinaliza a previsão de abrir mais 44 vagas em breve em quatro regiões do Estado (confira a nota na íntegra ao final da matéria).

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Veja taxas de ocupação

Casos de SRAG e vacinação

De acordo com os dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), já foram registrados 962 casos de SRAG por influenza no estado e 95 óbitos no ano de 2025. Os números são menores que os do mesmo período do ano passado, mas há um aumento de casos desde o final do mês de abril.

Para o diretor da DIVE, João Augusto Fuck, a vacinação contra a gripe é a principal estratégia de prevenção contra o cenário crescente de casos. Nesta terça-feira (3), o Estado chegou a cobertura vacinal de 40,57% da população.

— A campanha de imunização foi ampliada no Estado desde o dia D para toda a população catarinense a partir dos 6 meses de idade. O foco é continuar a imunizar a população, principalmente os grupos prioritários, que registra a cobertura vacinal de 40,57% apenas, e são os mais acometidos pela doença. Queremos evitar as internações e o agravamento das doenças respiratórias — disse.

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Medidas como a higienização frequentes das mãos, uso de máscaras em ambientes fechados e a busca do atendimento médico quando surgem sintomas de agravamento respiratório também são eficientes para evitar a propagação do vírus.

Principais sintomas

A Secretaria de Saúde alerta para os principais sintomas de SRAG, que incluem febre, tosse, dor de garganta e dores nas articulações, musculares ou de cabeça. Os grupos de risco, entre eles idosos, crianças, gestantes, doentes crônicos, têm maior probabilidade de apresentar complicações quando infectados pelos vírus respiratórios.

O que diz a Secretaria de Saúde

Em nota, a Secretaria de Saúde confirmou que uma das principais causas de internação em leitos de UTI adulto nos hospitais do Estado são as doenças respiratórias, além das doenças cardiovasculares e acidentes vasculares cerebrais (AVCs). Leia a nota na íntegra:

“Santa Catarina foi o estado que mais expandiu a rede SUS de leitos de UTI nos últimos anos. Desde 2023, já foram abertos 264 novos leitos de terapia intensiva, entre adultos e infantis, distribuídos em diversas regiões. Outros 44 leitos estão previstos para abrir em breve na Grande Florianópolis, no Vale do Itajaí, no Norte e na Foz do Rio Itajaí. Além disso, recentemente foram abertos 12 leitos de suporte ventilatório no Hospital Infantil Pequeno Anjo, em Itajaí.

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Os hospitais da Secretaria de Estado da Saúde são referência em alta complexidade e operam com uma taxa de ocupação historicamente elevada, acima de 80%, devido à demanda por procedimentos especializados e atendimentos emergenciais. As cirurgias eletivas e emergenciais, muitas vezes, demandam internação em UTI no pós-operatório, contribuindo para a taxa de ocupação.

A Secretaria reforça que o sistema de saúde catarinense funciona em rede, garantindo assistência a todos os cidadãos. Caso não haja vagas em um hospital, a Regulação busca leitos em outras unidades, inicialmente na mesma região e, se necessário, em outras localidades ou na rede privada. Todos os pacientes internados nas unidades hospitalares recebem toda a assistência médica.

Ressalta-se que na noite desta terça-feira, 3 de junho, de acordo com o Painel de Leitos de UTI, há no Estado, 116 leitos de UTI disponíveis, sendo 41 para adultos, 35 neonatais e 40 pediátricos. A taxa média geral de ocupação desses leitos é de 91,9%. As principais causas de internação em leitos de UTI adulto nos hospitais do Estado são doenças respiratórias, cardiovasculares e acidentes vasculares cerebrais (AVCs).

A SES continua monitorando a situação epidemiológica e a ocupação hospitalar, especialmente neste período de sazonalidade de vírus respiratórios, e mantém seus investimentos para ampliar e qualificar a rede de saúde no estado.”

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