O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurobiológica complexa que afeta o desenvolvimento social, emocional e comunicativo dos indivíduos. A terminologia “espectro” reflete a ampla variedade de manifestações e graus de intensidade dos sintomas apresentados.
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Diferença entre TEA e Autismo
Historicamente, o termo “autismo” era utilizado para descrever uma condição específica caracterizada por desafios significativos na comunicação e interação social. Com o avanço das pesquisas e a compreensão de que existem diferentes formas e intensidades dessa condição, adotou-se a nomenclatura “Transtorno do Espectro Autista” (TEA) para englobar essa diversidade de manifestações.
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Os Quatro Tipos de Autismo
Anteriormente, o TEA era subdividido em quatro categorias principais:
- Síndrome de Asperger: Considerada uma forma mais leve de autismo, indivíduos com essa síndrome possuem inteligência média ou acima da média, mas enfrentam dificuldades significativas na interação social e podem desenvolver interesses obsessivos por temas específicos.
 - Transtorno Invasivo do Desenvolvimento (TID): Caracteriza-se por desafios no desenvolvimento de habilidades sociais e de comunicação, com sintomas mais graves que os da Síndrome de Asperger, mas não tão intensos quanto os do Transtorno Autista clássico.
 - Transtorno Autista: Também conhecido como autismo clássico, envolve dificuldades significativas na comunicação, interação social e comportamento, com presença de comportamentos repetitivos e interesses restritos.
 - Transtorno Desintegrativo da Infância: Uma condição rara e grave em que a criança, após um período de desenvolvimento normal, perde habilidades previamente adquiridas, como linguagem e habilidades sociais, geralmente entre 2 e 4 anos de idade.
 
A evolução para o termo TEA
Com a publicação do DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) em 2013, houve uma reestruturação na classificação dos transtornos relacionados ao autismo. As categorias anteriormente mencionadas foram unificadas sob o termo “Transtorno do Espectro Autista”, reconhecendo a variedade de manifestações e a necessidade de avaliar cada caso individualmente.
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Terminologia adequada: “Portador de TEA” é correto?
É importante atentar para a forma como nos referimos às pessoas com TEA. O termo “portador” sugere algo transitório ou que pode ser deixado de lado, o que não se aplica ao autismo, uma condição permanente. Portanto, é mais apropriado utilizar expressões como “pessoa com TEA” ou “pessoa autista”, colocando o indivíduo antes da condição e respeitando sua identidade.
                            
                        
                        








