O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 15% ao ano, em estabilidade. Esse pode ser considerado o maior patamar em quase 20 anos, desde julho de 2006, quando a taxa estava em 15,25% ao ano. As informações são do g1.
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Segundo o Copom, a alta taxa se justifica pelas instabilidades no ambiente externo, além da inflação acima da meta no Brasil.
“Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica segue apresentando, conforme esperado, certa moderação no crescimento, mas o mercado de trabalho ainda mostra dinamismo. Nas divulgações mais recentes, a inflação cheia e as medidas subjacentes mantiveram-se acima da meta para a inflação”, justifica o comitê do BC em comunicado.
A incerteza da política econômica nos Estados Unidos foi um dos pontos considerados para a recomendação do atual patamar de juros no Brasil.
“O ambiente externo se mantém incerto em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos. Consequentemente, o comportamento e a volatilidade de diferentes classes de ativos têm sido afetados, com reflexos nas condições financeiras globais. Tal cenário exige particular cautela por parte de países emergentes em ambiente marcado por tensão geopolítica”, escreve.
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A taxa em estabilidade corresponde as expectativas do mercado financeira. A taxa é o principal instrumento do Banco Central que busca conter pressões inflacionárias.
Com a taxa em patamares altos, o governo Lula começa a reduzir as visões de crescimento econômico da economia. De acordo com uma projeção do Ministério da Fazenda, levando em consideração Produto Interno Bruto (PIB), a economia deve crescer 2,3%. Antes, a expectativa era de 2,5%.
As próximas reuniões do Copom devem acontecer nos dias 4 e 5 de novembro, e em 9 e 10 de dezembro.
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