Uma tartaruga-cabeçuda foi resgatada por banhistas na Praia de Itaguaçu, em São Francisco do Sul, no Litoral Norte de Santa Catarina. O animal, resgatado em estado debilitado, é da espécie Caretta caretta, que corre risco de extinção. Após o resgate, na tarde deste domingo (3), o animal foi levado pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos, trecho 5, executado pela Univille.
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A tartaruga foi localizada no mar por Patricia Senem e seu marido, Lúcio, por volta das 18h. O casal aproveitava a tarde de calor na praia quando se deparou com algo boiando na água, conta Patrícia ao NSC Total.
Veja fotos do resgate
— Chego a me arrepiar. Eu vi uma coisa boiando e pensei, “meu Deus, deve ser uma boia, alguém se afogando, uma criança”, porque não era tão grande, sabe? Mas na hora que a gente olhou e viu, era uma tartaruga. Eu fiquei desesperada, porque para mim ela estava morta — relembra.
Logo em seguida, o casal trouxe o animal até a faixa de areia da praia, pois a tartaruga tinha dificuldade para nadar. Devido aos crustáceos e conchas na carapaça da tartaruga, Patrícia conta que seu marido sofreu alguns cortes na mão durante o trajeto até a praia.
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— Quem foi o herói dessa história toda foi o meu esposo. Eu só ajudei ele ali pra trazer ela para dentro da faixa da areia. Claro, a nossa família deu todo suporte para ela, mas o herói mesmo foi o Lúcio — afirma.
Já na areia, a família de Patrícia deu suporte à tartaruga. Uma das filhas do casal, Vitória, foi a responsável por acionar o projeto de monitoramento de praias da Universidade da Região de Joinville (Univille), que possui uma unidade em São Francisco do Sul. Durante a espera, Mariah Alice e Anna Júlia, também filhas de Patrícia, prestaram apoio durante a ação.
Em segurança, a tartaruga foi encaminhada até a unidade do projeto, que realiza o trabalho de estabilização de animais marinhos. Segundo os profissionais, a tartaruga-cabeçuda, espécie em extinção, segue recebendo cuidados. As informações sobre o estado clínico do animal não foram divulgadas.
A família continua acompanhando o processo de recuperação de Nina, como a tartaruga foi carinhosamente apelidada. Para Patrícia, Lúcio e suas três filhas, este resgate vai ficar registrado na memória.
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— Depois (do resgate) eu comecei a chorar, porque eu fiquei bem emocionada, sabe? Eu nunca tinha tido uma experiência dessa. Eu e minhas filhas estávamos, assim, muito impactadas. Foi uma experiência única para a nossa família. E foi uma experiência que foi muito da mão de Deus, sabe? Eu estou orando muito para que Deus venha trazer bastante saúde para ela, que ela se recupere logo — finaliza.
*Sob supervisão de Leandro Ferreira
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