A disputa, conhecida como a maior regata transoceânica do mundo, iniciou no dia 15 de janeiro, na cidade de Alicante, na Espanha, e chegará ao estado catarinense no início de abril. Nesta edição, os barcos — novas versões do modelo IMOCAs 60 — estão mais tecnológicos e rápidos, podendo atingir uma velocidade de até 70 quilômetros por hora e “voar” sobre a água. 

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Com as novas funcionalidades das embarcações, a regata tornou-se cada vez mais difícil de vencer. Os times que estão na disputa enfrentam a perna mais difícil da história do evento, com mais de 12 mil milhas náuticas até Itajaí. Antes de chegar ao litoral catarinense, os participantes passaram por Cabo Verde, na África, e pela Cidade do Cabo, na África do Sul. Até o final do ano, os barcos darão uma volta ao redor do globo. Ao todo, serão nove cidades e 60 mil km de corrida. Pela primeira vez, a regata vai começar e terminar no Mediterrâneo.

Os barcos devem chegar a Itajaí no início de abril, mas a The Ocean Live Park, a Vila da Regata brasileira, abre na quarta-feira (29) e segue até o dia 23 de abril, quando ocorrerá a largada para a próxima etapa da corrida. A estrutura que receberá o evento ficará aberta para visitação de segunda a sexta-feira, das 14h às 23h, e nos feriados e finais de semana, das 11h às 23h. Nos dias 10, 11, 17 e 18 de abril, o espaço não estará aberto ao público. Durante o período em que os velejadores estarão em Itajaí, a expectativa é que a cidade receba cerca de 500 mil pessoas.

Novidades nas embarcações

Em 2023, a The Ocean Race passou por diversas inovações tecnológicas, e por isso, terá duas classes de barcos: o novo modelo IMOCA 60, que passará por Santa Catarina, e o monodesign VO65, que já esteve presente nas outras regatas e fará parte apenas do circuito europeu nesta edição. A grande expectativa do público é acompanhar o trajeto dos IMOCAs, que prometem uma performance espetacular e um desafio grande aos atletas que estão em alto mar. 

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Todas as características do novo design foram pensadas para que o barco tenha uma maior velocidade através da alta tecnologia. Uma das novidades é que os IMOCAs têm uma grande área de vela e uma quilha inclinada, possibilitando um melhor desempenho no mar. Ainda, as regras da competição neste ano permitem o uso de foils retráteis, uma espécie de quilhas laterais, que aumentam ainda mais a performance levantando o barco para fora da água cerca de um metro e meio. Com isso, eles conseguem “voar” sobre as ondas e cobrir 600 milhas náuticas ou mais em apenas 24 horas.

Os IMOCAs também apresentam uma série de recursos avançados, incluindo sistemas de navegação e comunicação de última geração, tornando a experiência de corrida mais segura e eficaz. 

Além dessas características, o IMOCA 60 é um monocasco de 60 pés — cerca de 18,3 metros de comprimento — construído a partir de carbono. Na equipe que constitui cada barco, estão tripulações mistas, de até cinco velejadores, sendo que um deles fica responsável pela mídia, ou seja, coletar e repassar informações e imagens em tempo real.

Ao todo, são cinco barcos que farão a volta ao mundo e passarão por Itajaí, da classe IMOCA. São eles: 

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  • 11th Hour Racing Team (EUA): Equipe sediada em Newport, Rhode Island, nos Estados Unidos. 

Equipe: Charlie Enright (capitão), Justine Mettraux (membro da tripulação), Simon Fisher (membro da tripulação), Jack Bouttell (membro da tripulação) e Amory Ross (repórter a bordo).

  • Team Malizia (ALE): É o time da Alemanha. 

Equipe: Boris Herrmann (capitão), Will Harris (membro da tripulação), Nicolas Lunven (membro da tripulação), Rosalin Kuiper (membro da tripulação) e Antoine Auriol (repórter a bordo).

  • Team Holcim-PRB (SUI): Representa a Suíça.

Equipe: Kevin Escoffier (capitão), Abby Ehler (membro da tripulação), Sam Goodchild (membro da tripulação), Tom Laperche (membro da tripulação) e Julien Champolion (repórter a bordo).

  • GUYOT environnement-Team Europe (FRA/ALE): é a equipe que representa o continente europeu.

Equipe: Benjamim Dutreux (capitão), Robert Stanjek (membro da tripulação), Annie Lush (membro da tripulação), Sébastien Simon (membro da tripulação) e Charles Drapeau (repórter a bordo)

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  • Biotherm Racing (FRA): Está na corrida representando a França.

Equipe: Paul Meilhat (capitão), Anthony Marchand (membro da tripulação), Damien Seguin (membro da tripulação), Sam Davies (membro da tripulação) e Ronan Gladu (repórter a bordo).

Itajaí e a The Ocean Race

A competição promete ser emocionante com os IMOCAs disputando o título da The Ocean Race 2023. A previsão é que os competidores cheguem a Itajaí, uma das cidades-sede da competição, no início de abril. Os espectadores poderão ver de perto esses barcos em ação e testemunhar a incrível habilidade dos velejadores que os conduzem pelos mares.

A corrida já esteve em Itajaí durante três edições, e em cada uma delas, os atletas foram recebidos por um grande público. A edição de 2011-12 marcou a primeira vez que a regata de volta ao mundo passou pelo município do litoral catarinense. Em 2014-15, o evento retornou à cidade e, em 2017-18, a passagem da corrida registrou 440 mil pessoas, recorde de público em Itajaí. Na época, visitantes e velejadores consideraram a cidade como a melhor parada da regata. A visibilidade mundial fez com que Itajaí ganhasse reconhecimento por investimentos em inovação e programas ambientais.

Com a quarta passagem da regata internacionalmente conhecida, Itajaí se consolida como uma cidade especialista em ser anfitriã de eventos de grande público. Além disso, se destaca pela responsabilidade social e ambiental, já que na última edição, uma abordagem sustentável promovida no local economizou mais de 300 mil copos. 

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