A fragata Jerônimo de Albuquerque, a segunda das quatro embarcações construídas em Itajaí no programa de defesa com investimento previsto de R$ 11 bilhões, foi lançada nesta sexta-feira. A cerimônia contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.
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O lançamento teve o batismo da embarcação, feito pela esposa de Geraldo Alckmin, a vice-primeira-dama Lu Alckmin, ao quebrar uma garrafa no casco do navio de guerra. Logo em seguida ao ato, fogos coloridos e um voo rasante de um avião da Aeronáutica marcaram o ato simbólico.
Alckmin foi o último a falar na cerimônia e destacou a força da indústria naval e da indústria em geral economia nacional. Negociador oficial do Brasil junto aos Estados Unidos na crise entre os países desencadeada pelo tarifaço, Alckmin não mencionou a sobretaxa norte-americana, apesar dos reflexos da medida a setores locais como o pesqueiro. Ao final da cerimônia, o vice-presidente deixou a tenda do evento montada em frente à fragata sem falar com a imprensa.
Durante o discurso, Alckmin lembrou do pai, que foi oficial das Forças Armadas, e destacou que o lançamento da segunda fragata consolida o projeto.
O lançamento da fragata consagra um ciclo produtivo que agrega valor a toda a cadeia da indústria naval brasileira. Soluções industriais avançadas, sistemas integrados e expertise técnica circulam entre distintos polos de fabricação e de desenvolvimento de tecnologia, gerando empregos qualificados e estímulo à pesquisa aplicada.
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Alckmin lembrou que a indústria da Defesa vem batendo recorde de exportação e listou investimentos e opções de crédito do governo federal para a indústria. Também destacou o papel da indústria social no estímulo econômico e social da região de Itajaí.
– A indústria naval, para além de sua importância estratégica, impulsiona o desenvolvimento regional, amplia a oferta de empregos de alta complexidade e fomenta negócios de base tecnológica – afirmou.
Por fim, agradeceu o fato de a esposa Lu Alckkmin ter sido escolhida como madrinha da segunda fragata. A primeira, lançada em agosto do ano passado, teve como padrinho o presidente Lula.
– Ao fazê-lo, [Lu] inscreve seu nome na tradição da Marinha do Brasil como símbolo de proteção, esperança e vínculo afetivo com o navio e sua tripulação – afirmou.
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As fragatas da classe Tamandaré
A Fragata “Jerônimo de Albuquerque” teve o primeiro corte de chapa feito em novembro de 2023. A previsão é de que seja entregue à Marinha do Brasil em janeiro de 2027, ampliando as capacidades operativas da Força Naval. A construção é feita pela Sociedade de Propósito Específico (SPE) Águas Azuis, formada pelas empresas thyssenkrupp Marine Systems, Embraer Defesa e Segurança e Atech, subsidiária da Embraer, em parceria com a Marinha do Brasil.
Segundo a assessoria das empresas responsáveis pela construção, após o lançamento feito nesta sexta-feira, a previsão é de que ocorram os trabalhos de finalização da fragata, com construções internas e de armamentos. A previsão é de que seja entregue à Marinha do Brasil em janeiro de 2027.
A fragata Tamandaré, primeira das quatro previstas e lançada em agosto do ano passado, está na fase final e em breve deve ser enviada para testes ao mar. A terceira embarcação, batizada de Cunha Moreira, também já teve a construção iniciada, com a primeira chapa já cortada. A previsão de lançamento é julho de 2026. Por fim, a quarta fragata, chamada de Mariz e Barros, tem início previsto para março de 2026.
As quatro fragatas devem reforçar a frota da Marinha para defesa da costa brasileira, chamada de Amazônia Azul em razão das riquezas e biodiversidade.
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