Blumenau tomou mais um passo no monitoramento da fauna local, com a implantação de armadilhas fotográficas nesta semana no bairro Garcia. A iniciativa é mais uma etapa do projeto Fauna Atropelada, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), que cria uma base de dados de animais atropelados na região para orientar ações preventivas mais precisas no futuro.
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A instalação destas armadilhas fotográficas em pontos estratégicos da cidade é complementar ao projeto do Semmas. Com elas, será possível identificar e monitorar as regiões de mata próximas a áreas urbanizadas que mais tem presença de fauna silvestre. A primeira área a ser mapeada é a do bairro Garcia, mas o objetivo é contemplar todos os bairros do município que tenham fragmentos florestais, que são áreas de vegetação natural que foram isoladas e divididas por barreiras, próximos aos centros urbanos.
— O monitoramento vai mostrar não apenas os animais que infelizmente são vítimas de atropelamento, mas também os locais de maior fluxo de fauna viva. Essas informações são fundamentais para orientar medidas de proteção mais eficazes — elaboram os biólogos Arnor Bublitz e Jerriane Gomes, responsáveis técnicos pelo estudo.
Confira como foi a instalação das armadilhas fotográficas
Além de entender como a fauna silvestre utiliza os espaços na cidade, essas informações são importantes para melhorar ações de conservação, educação ambiental e medidas para impedir os atropelamentos dos animais, conforme afirma o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Robson Tomasoni.
Todos os registros e os dados coletados irão para um relatório anual, sendo que o primeiro está previsto para setembro de 2026 e será divulgado para a população. O projeto municipal de Monitoramento de Fauna Atropelada é feito em parceria com o Programa Saasblu e o Laboratório de Zoologia da Universidade Regional de Blumenau (Furb).
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Como funciona uma armadilha fotográfica?
As câmeras de armadilha fotográfica não são do tipo comum, elas são criadas justamente para “flagrar” os animais silvestres em regiões de mata, sem prejudicar ou afetar a fauna em habitat natural. Com um sensor de movimento e calor, ela fica camuflada em árvores e é automaticamente acionada quando o animal passa próximo ao equipamento, tanto de dia quanto de noite.
Além disso, muitas armadilhas fotográficas modernas possuem recursos avançados de registro. Elas podem incluir marcas d’água digitais nas imagens, indicando a data e hora exatas da captura, a temperatura ambiente e outras condições do local. Esses dados permitem aos pesquisadores não apenas identificar a espécie, mas também estudar hábitos, padrões de deslocamento e comportamento da fauna na área monitorada.
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