O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (10) que recebeu com “senso de responsabilidade” a notícia da carta enviada por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, ao governo brasileiro. Ele afirmou que pediu que os Poderes “ajam com urgência apresentando medidas para resgatar a normalidade institucional”.
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“A medida é resultado direto do afastamento do Brasil dos seus compromissos históricos com a liberdade, o Estado de Direito e os valores que sempre sustentaram nossa relação com o mundo livre. Isso jamais teria acontecido sob o meu governo (…) A escalada de abusos, censura e perseguição política precisam parar. O alerta foi dado, e não há mais espaço para omissões”, afirmou o ex-presidente em postagem no X.
Bolsonaro agradeceu a carta e o apoio de Trump, e ressaltou nutrir “respeito e admiração pelo governo dos Estados Unidos”.
“Essa caça às bruxas – termo usado pelo próprio presidente Trump – não é apenas contra mim. É contra milhões de brasileiros que lutam por liberdade e se recusam a viver sob a sombra do autoritarismo. O que está em jogo é a liberdade de expressão, de imprensa, de consciência e de participação política. Conheço a firmeza e a coragem de Donald Trump na defesa desses princípios”, destacou.
As tarifas de 50% sobre produtos brasileiros anunciadas por Trump em uma carta publicada na quarta-feira (9) acirrou a disputa entre governo e oposição. Aliados de Lula responsabilizam o ex-presidente Bolsonaro pelo desgaste na relação com os EUA, enquanto que bolsonaristas apontam uma política externa ideológica por parte do atual presidente, que estaria prejudicando os interesses comerciais do país.
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Carta de Trump gera crise diplomática
Na carta publicada em uma rede social de Trump, endereçada a Lula, o presidente dos EUA evidenciou motivos ideológicos para a medida. Ele fez críticas as ações da Justiça brasileira contra Bolsonaro, tratadas por republicano como “caça às bruxas”. Ainda, criticou uma suposta ofensiva contra big techs e à liberdade de expressão.
Lula se reuniou com ministros na noite de quarta e afirmou que irá agir com base na “Lei brasileira de Reciprocidade Econômica”, o que pode implicar na sobretaxação de todos os bens americanos em percentual igual. A lei foi sancionada em abril.
*Com informações de CNN Brasil e O Globo
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