Após os Estados Unidos da América (EUA) atacar o Irã neste sábado (21), o governo brasileiro emitiu uma nota em que expressou grave preocupação com a escalada militar no Oriente Médio e condenou com veemência, nesse contexto, ataques militares de Israel e, mais recentemente, dos Estados Unidos, contra as instalações nucleares, em violação da soberania do Irã e do direito internacional.
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“Qualquer ataque armado a instalações nucleares representa flagrante transgressão da Carta das Nações Unidas e de normas da Agência Internacional de Energia Atômica. Ações armadas contra instalações nucleares representam uma grave ameaça à vida e à saúde de populações civis, ao expô-las ao risco de contaminação radioativa e a desastres ambientais de larga escala”, publicou o Itamaraty.
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O Governo brasileiro reiterou sua posição histórica em favor do uso exclusivo da energia nuclear para fins pacíficos e rejeitou com firmeza qualquer forma de proliferação nuclear, especialmente em regiões marcadas por instabilidade geopolítica, como o Oriente Médio.
O Brasil também repudiou ataques recíprocos contra áreas densamente povoadas, os quais têm provocado crescente número de vítimas e danos à infraestrutura civis, incluindo instalações hospitalares, as quais são especialmente protegidas pelo direito internacional humanitário.
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“Ao reiterar sua exortação ao exercício de máxima contenção por todas as partes envolvidas no conflito, o Brasil ressalta a urgente necessidade de solução diplomática que interrompa esse ciclo de violência e abra uma oportunidade para negociações de paz. As consequências negativas da atual escalada militar podem gerar danos irreversíveis para a paz e a estabilidade na região e no mundo e para o regime de não proliferação e desarmamento nuclear”, apontou a nota.
Como começaram os ataques
Conforme informações da Agência Brasil, o primeiro ataque ocorreu contra o Irã no sábado, dia 13 de junho. Israel justificou a ação acusando o Irã de estar próximo de desenvolver uma arma nuclear. Depois disso, os países trocaram ataques.
No último sábado (21), foi a vez dos EUA de entrar no conflito com o bombardeio de três usinas nucleares iranianas.
Ainda de acordo com a Agência Brasil, o Irã afirma que o programa nuclear do país tem fins pacíficos e que estava em uma negociação com os EUA para instituir acordos para garantir o cumprimento do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares.
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