Três brasileiros foram presos na fronteira com a Argentina na sexta-feira (31) ao entrar de forma ilegal no país. A polícia da província de Misiones investiga se eles possuem ligação com a facção alvo da operação que deixou mais de 120 mortos no Rio de Janeiro nesta semana. As informações são de CNN Brasil.
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As prisões aconteceram na cidade de Alba Posse, que faz fronteira com o município de Porto Mauá, no Rio Grande do Sul. Os homens entraram no território argentino de forma ilegal, e segundo a imprensa local eles integram a mesma facção envolvida em operação no Rio de Janeiro recentemente, que foi classificada como organização terrorista na Argentina.
“A força policial provincial está tentando determinar se eles têm ligações com uma facção de tráfico de drogas”, disse a polícia.
Os três seriam residentes de Rio das Ostras, no Rio de Janeiro, e “não possuíam documentos de imigração válidos nem puderam justificar sua presença na região” no momento da abordagem.
“Segundo os policiais responsáveis pela operação, dois dos homens têm antecedentes por tráfico de drogas em seu país de origem, e o terceiro tem antecedentes por agressão. Isso motivou a ativação imediata dos protocolos de cooperação internacional para verificar se há mandados de prisão internacionais pendentes contra eles. As autoridades também estão investigando se eles têm conexões na região, entre outras informações necessárias”, informou a PM em comunicado.
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Os homens devem continuar sob custódia até que “até que informações oficiais sejam recebidas”, e a polícia disse estar em contato com a Polícia Militar e Civil do Brasil.
Alerta na fronteira após operação
Depois da megaoperação no Rio de Janeiro que deixou 121 mortos, sendo quatro policiais, o Ministério da Segurança da Argentina anunciou a ativação de um alerta máximo na fronteira com o Brasil para evitar a entrada de criminosos de facções brasileiras no país.
— Determinarei um alerta máximo nas fronteiras para que não haja nenhum tipo de passagem daqueles que devem estar mudando de lugar, [saindo] da centralidade do conflito no Rio — disse a ministra Patricia Bullrich.
No primeiro dia da operação, na terça-feira (28), Bullrich afirmou que a Argentina incluiu o Comando Vermelho e o PCC (Primeiro Comando da Capital) no Repet (Registro de Pessoas e Entidades Vinculadas a Atos de Terrorismo) do país.
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— A Argentina declarou essas duas organizações como narcoterroristas — declarou.