Após a megaoperação contra uma facção criminosa que deixou ao menos 121 mortos no Rio de Janeiro, o governo da Argentina enviou entre 150 e 200 soldados à fronteira com o Brasil. O destacamento foi posicionado em Bernardo de Irigoyen, província de Misiones, que faz divisa com Santa Catarina. A equipe conta com equipamentos de vigilância avançada, como radares, drones, helicópteros e sistemas de comunicação, e atua em conjunto com as forças federais e provinciais argentinas.

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A decisão foi anunciada pela ministra da Segurança argentina, Patricia Bullrich: “Estamos reforçando as fronteiras para proteger os argentinos de qualquer ‘desmobilização’ que possa ser gerada pelos conflitos no Rio de Janeiro”.

A operação no Rio envolveu 2,5 mil agentes e, até agora, deixou 121 mortos, segundo o que foi confirmado pelo governo do Rio de Janeiro.

Tanto a Argentina quanto o Paraguai intensificaram os controles em suas fronteiras com o Brasil. No Paraguai, o presidente Santiago Peña determinou reforço imediato de policiamento nos departamentos de fronteira.

Megaoperação no Rio

De acordo com números do Palácio Guanabara, esta é considerada a operação mais letal da história do Rio de Janeiro, com 64 mortes confirmadas, inicialmente — no entanto, apenas 58 mortes foram citadas por Castro nesta quarta. Ainda mais, moradores encontraram ao menos 65 corpos na manhã desta quarta-feira. Uma perícia irá confirmar se há relação com a operação de terça (28).

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Entre os mortos estão quatro policiais civis, três policiais militares, dois homens apontados como traficantes vindos da Bahia e quatro moradores. Ainda, três inocentes foram atingidos: um homem em situação de rua, atingido nas costas por uma bala perdida; uma mulher que estava em uma academia e também foi ferida, mas já recebeu alta; e um homem que estava num ferro-velho.

A megaoperação teve como objetivo cumprir mandados de prisão contra integrantes de uma facção criminosa, sendo 30 deles fora do Rio de Janeiro, que estariam escondidos em favelas. A última atualização aponta que 81 pessoas foram presas e 75 fuzis, duas pistolas e nove motos foram apreendidos.

Promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) e 2,5 mil policiais foram mobilizados para cumprir 100 mandados de prisão.

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*Com informações da CNN.