Nana, uma cadela da raça shih tzu de 13 anos, morreu após cair e ficar enforcada em um pet shop localizado no Estreito, parte continental de Florianópolis, no dia 8 de maio deste ano. A Polícia Civil, por meio da a Delegacia de Proteção Animal do Departamento de Investigação Criminal da Capital (DPA/DIC), indiciou dois colaboradores do estabelecimento pelo crime de maus-tratos qualificado na última sexta-feira (16).

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Em um relato publicado nas redes sociais, Eduardo Carvalho Motta, dono de Nana, contou que deixou a cadela no pet shop para o banho semanal. Horas depois, ele a encontrou morta deitada no chão gelado da área de banho da clínica “com um paninho preto por cima do corpinho”, escreveu. 

Segundo a Polícia Civil, Nana foi mantida em uma bancada alta com uma corda amarrada no pescoço após o procedimento de banho e tosa. Enquanto aguardavam a chegada do dono, os colaboradores deixaram o animal sozinho no local. A cadela se agitou, caiu e morreu enforcada.  

O procedimento padrão do pet shop determina que, após a secagem, os cães sejam devolvidos aos canis para que o banhista possa dar continuidade ao trabalho com outro animal. Segundo os colaboradores investigados, no caso de Nana, esse protocolo não foi seguido, pois era comum manter a cadela na bancada, por ser muito ansiosa e por se machucar ao ser colocada no canil, além de urinar e defecar no ambiente.

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Além de ser deixada em local de risco, Nana permaneceu amarrada por quase 3 horas, sem acesso à água e sem ambiente para as necessidades fisiológicas.

O Departamento de Investigação Criminal da Capital indiciou pelo crime de maus-tratos a colaboradora que colocou Nana amarrada sob a bancada e o colaborador que foi embora e deixou a cachorra sozinha no local. De acordo com a Polícia Civil, ambos eram responsáveis pelo resguardo dos animais que estavam sob sua tutela durante o atendimento no estabelecimento comercial.

O Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) também foi acionado para conhecimento e adoção das providências cabíveis na esfera de atribuições do órgão. 

“Coração despedaçado” 

Nas redes sociais, Eduardo escreveu que Nana fazia parte da família, sendo considerada “suporte emocional durante os piores momentos da nossa vida”. 

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“A cena era clara, cruel e brutal: tudo indicava que minha cachorrinha havia morrido por enforcamento […] Enquanto isso, fica aqui minha homenagem à Nana: obrigado por ter nos amado tanto. Obrigado por cada momento de carinho e conforto. Você estará eternamente em nossos corações e sempre será lembrada — com muito amor, e agora também com justiça”, publicou. 

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