O plenário da Câmara de Deputados aprovou, nesta quarta-feira (10), a suspensão do mandato do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) por seis meses por quebra de decoro parlamentar por agredir um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) em 2024. A suspensão foi votada como um destaque que substitui a cassação que tornaria Glauber inelegível. Foram 318 votos a favor da suspensão e 141 votos contrários.

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Na terça-feira (9), Glauber protagonizou uma confusão na Câmara ao ocupar a cadeira da presidência da Casa depois do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) anunciar a votação da PL da Dosimetria, assim como, a análise da cassação do mandato de Glauber.

O deputado se recusou a deixar o espaço e os policiais legislativos começaram a esvaziar o plenário. Depois, ele foi retirado a força da mesa diretora. Nesta quarta, exames de corpo de delito mostraram que Glauber teve traumatismos superficiais no ombro e no braço.

Durante a votação nesta quarta, houve um princípio de confusão durante fala de parlamentares, com acusações entre o PL e o PSOL.

Por que Glauber Braga foi afastado

Glauber Braga é acusado pelo Partido Novo de ter agredido e expulsado da Câmara um integrante do MBL, Gabriel Costenaro em abril do ano passado. Ele foi filmado por quem estava nos corredores da Casa. Para a Câmara, ele teve quebra de decoro.

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De acordo com a acusação, Glauber teria empurrado e expulsado Costenaro enquanto ele participava de uma manifestação de motoristas de aplicativo. O deputado afirma que reagiu a provocações do integrante do MBL.

Inicialmente, a cassação do mandato era discutida. Com isso, Glauber poderia se tornar inelegível por até 8 anos. Entretanto, os partidos afirmaram, enquanto defendiam a orientação do voto dos deputados, que buscavam “o equilíbrio” com a suspensão.

Entenda o caso