A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo neste domingo (14). A Câmara dos Deputados informou que a agora ex-parlamentar entregou uma carta para oficializar a saída do posto. Quem assume no lugar dela é o suplente Adilson Barroso.

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Na carta de renúncia, Zambelli afirmou ter sido perseguida e que sua “história pública não foi forjada”. A decisão dela ocorre dois dias depois da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formar maioria para confirmar a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda automática do mandato da deputada.

Caso Zambelli

Moraes havia anulado a decisão da Câmara dos Deputados que mantinha Zambelli no cargo, e determinou a perda imediata do mandato. Além disso, determinou que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), dê posse ao suplente em até 48 horas.

O pedido de renúncia em nada afeta as condenações das quais Zambelli foi sentenciada. Assim, por mais que a defesa possa ter tentado “proteger” os direitos políticos da deputada para que ela não fique inelegível, as condenações foram concluídas e já preveem o fim da possibilidade dela de se tornar elegível, explicou uma reportagem do g1.

Condenada pelo STF

A deputada foi condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O motivo foi o fato de ter comandado ataque hacker e inserido documento falso com mandado de prisão de Alexandre de Moraes contra o próprio ministro no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). No dia 3 de junho, Zambelli declarou que deixou o país para um “tratamento médico” e por ter cidadania italiana.

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No dia 11 de junho, o Ministério da Justiça brasileiro solicitou a extradição da ex-deputada. A Corte também determinou a perda do mandato. A decisão do STF foi tomada após Zambelli ser acusada de invadir sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em janeiro de 2023, em parceria com o hacker Walter Delgatti, que também está preso.