A deputada Carla Zambelli (PL-SP) foi incluída na lista de difusão vermelha da Interpol nesta quinta-feira (5), e a partir de agora pode ser presa fora do país. A inclusão do nome da parlamentar atende a um pedido da Polícia Federal após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
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Zambelli deixou o país pela fronteira com a Argentina dias depois de ser condenada a 10 anos de prisão por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ainda, ela teria inserido documentos falsos, incluindo um mandado de prisão falso contra o próprio Moraes no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).
De acordo com a jornalista da Globo News, Natuza Nery, Carla Zambelli chegou em Roma, na Itália, na manhã desta quinta, ainda antes do seu nome ser incluído na lista da Interpol. Ainda na quarta-feira (4), ela estava na Flórida, nos Estados Unidos, segundo a assessoria da deputada.
Também na quarta-feira, Moraes atendeu ao pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou a prisão preventiva de Zambelli. A decisão foi classificada por Zambelli como “monocrática, inconstitucional e autoritária”.
“Denunciarei esse abuso, essa perseguição e essa escalada autoritária em todos os fóruns internacionais possíveis. O mundo precisa saber que, no Brasil, ministros do Supremo agem como imperadores, atropelando leis, calando vozes, destruindo famílias. Essa perseguição política está apenas começando a ser exposta”, afirmou a parlamentar.
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Zambelli saiu do país após ser condenada a 10 anos de prisão
A deputada anunciou na terça-feira (3) que deixou o Brasil, poucos dias depois da condenação a 10 anos de prisão e à perda de mandato por envolvimento na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela afirmou que pretendia ir para a Europa, por ter cidadania italiana, e realizar um tratamento de saúde.
Na terça-feira (3), a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a prisão preventiva da deputada federal. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu o pedido da PGR e determinou a prisão preventiva. Na quarta-feira (4), o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, enviou à Interpol o pedido de inclusão de Zambelli na chamada “lista vermelha” da Interpol de procurados internacionais.
Também na quarta, Moraes determinou a abertura de um novo inquérito para investigar a deputada. A decisão determinou que a Polícia Federal realize o monitoramento das postagens feitas por Zambelli ou por pessoas próximas a ela nas redes sociais, desde que tenham relação com a investigação. Ainda, o ministro determinou que a Polícia Federal deve ouvir Carla Zambelli no prazo de 10 dias, sendo que a oitiva poderá ser feita por escrito.
*Com informações do g1
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