O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), coordenado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), deflagrou nesta segunda (25) e terça-feira (26) uma nova fase da Operação Entre Lobos. A ação, realizada em apoio à Promotoria de Justiça de Modelo, teve como foco a recuperação de ativos obtidos pela organização criminosa investigada.

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Ao todo, sete veículos foram apreendidos em diligências nas cidades de Chapecó, Xanxerê, Pinhalzinho e Caibi. Segundo o MPSC, os automóveis foram adquiridos com recursos ilícitos e agora serão destinados ao uso institucional de forças de segurança no Oeste do Estado.

A Vara Estadual de Organizações Criminosas da Capital autorizou o uso provisório dos veículos por unidades da Polícia Civil e da Polícia Rodoviária Federal. Cada órgão será responsável pela manutenção, conservação e custódia dos bens até decisão final do processo judicial.

Veja fotos dos carros apreendidos

O Ministério Público denunciou 14 pessoas por crimes de organização criminosa, estelionato contra idosos e patrocínio infiel. Oito seguem presos preventivamente, sendo cinco advogados. Outros seis respondem em liberdade, sob medidas cautelares.

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Esquema milionário

A Operação Entre Lobos apura um sofisticado esquema de estelionato que lesou centenas de pessoas. O grupo, segundo a investigação, usava empresas de fachada e escritórios de advocacia para intermediar cessões de créditos judiciais. As vítimas recebiam valores muito abaixo do devido, enquanto a organização se apropriava de montantes milionários. Embora com base no Oeste catarinense, o esquema também alcançava outros estados.

Novas vítimas

Além das 215 vítimas que embasaram a denúncia inicial, outras pessoas já foram identificadas, elevando o número de prejudicados para cerca de 500.

O MPSC orienta que possíveis vítimas registrem boletim de ocorrência na delegacia mais próxima ou entrem em contato com a Promotoria de Justiça de Modelo. O registro é essencial para garantir a reparação dos danos no processo criminal.

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