O casal Rafael Novaes Seirafe, de 40 anos, e Beatriz Rapoport de Campos Maia, de 29, afirma ter passado por uma situação semelhante a de Ingrid Guimarães com a companhia aérea American Airlines, em um voo de Nova York, nos Estados Unidos, para Cancún, no México. Eles afirmam que foram presos por uma noite no Aeroporto Internacional de Miami depois de uma confusão ao serem impedidos de embarcar em um voo. As informações são do g1.
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A situação teria acontecido no fim de fevereiro, quando a imprensa local noticiou que o casal foi detido após jogar café contra uma das atendentes da American Airlines durante uma discussão na hora do embarque. O casal, no entanto, nega a versão.
Segundo Guilherme Hayama, advogado dos brasileiros que moram em Santos, em São Paulo, a confusão começou quando funcionários impediram o casal de embarcar com questionamentos sobre a fluência em inglês e justificando que eles teriam comprado assentos na saída de emergência do avião.
O advogado afirmou, ainda, que o casal viaja frequentemente ao país americano e falam o idioma, além de Beatriz já ter morado fora do Brasil. Porém, segundo Guilherme, “por preciosismo e honestidade, o Rafael afirmou que não falava inglês fluente, mas o suficiente para se comunicar bem. Mesmo assim, eles negaram categoricamente a entrada no voo”.
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Beatriz, segundo Hayama, estava com um copo de café na mão e, ao ser empurrada, acabou derrubando a bebida no chão, e não nas atendentes da companhia aérea. O casal alega, ainda, que sofreu agressões da polícia. A mulher diz que ficou com medo de “matarem ele [Rafael], porque simplesmente foram três policiais voando em cima dele, desnecessariamente sendo que ele não reagiu nem nada. E, do nada, chegou mais dois para segurar, então eu fiquei muito assustada”, afirma o advogado.
Ingrid Guimarães e a polêmica com a companhia aérea
Nas redes sociais, a atriz Ingrid Guimarães contou que embarcou em um voo, em Nova York, nos Estados Unidos, com destino ao Brasil na sexta-feira (7) e que, quando já estava sentada, um funcionário da American Airlines pediu que ela deixasse o assento que comprou na classe Premium Economy para que outra pessoa pudesse sentar.
“Comprei uma passagem na Premiun Economy e quando já estava sentada com o cinto colocado um funcionário me comunicou que eu teria que sair do meu lugar e ir pra classe econômica pq tinha quebrado uma cadeira na executiva e a pessoa ia pegar meu lugar. Tipo é uma regra, sai do seu lugar que você pagou. Tendeu?”, escreveu.
Ingrid ainda contou que, após negar-se a sair do assento, funcionários se juntaram e a “ameaçaram”. “Eu disse que não ia sair do meu lugar, que não conhecia essa regra, e que era meu direito”, pontuou.
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“Eles começaram a me coagir dizendo que eu nunca mais viajaria de @AmericanAir. Eu disse: tudo bem. Aí foram aparecendo 3 pessoas, todas me ameaçando e dizendo que o voo não ia sair, que todo mundo ia ter que descer do voo por minha causa. Em nenhum momento perguntaram minha opinião, nem me explicaram apenas exigiram que eu levantasse com ameaças”, detalhou.
Ingrid acabou deixando o assento, pois alguns brasileiros que estavam no voo não sabiam da situação e começaram a “gritar” com ela. “E é claro que diante de um constrangimento público eu fui pra classe econômica. Coação, abuso moral, desrespeito e ameaças. Em troca deram um voucher sem me explicar nada, apenas um papel na minha mão ( que achei que fosse a nova passagem) dizendo que eu tinha um descontinho de 300 dólares na próxima passagem. Inacreditável!”, escreveu.
A companhia aérea disse, em nota ao g1, que está em contato com Ingrid “para entender mais sobre sua experiência e resolver a questão” e que o objetivo da American Airlines “é proporcionar uma experiência de viagem positiva e segura para todos os nossos passageiros”.
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“Não estamos sozinhos”
Depois da repercussão do caso, o casal disse que sente que não está sozinho e “que tem muitas outras vítimas da mesma companhia, e isso só reafirma sobre o mal atendimento da American Airlines com os passageiros”.
O casal viajaria para comemorar o noivado, mas devido a situação, retornou ao Brasil em outra companhia aérea na última quinta-feira (6).
Precisa saber falar inglês mas ocupar assentos no avião?
A legislação americana diz que quem compra e ocupa assentos próximos às saída de emergência de uma avião deve “compreender as instruções para operar a saída” para se comunicar com outros passageiros em caso de emergência.
Em nota, a American Airline afirmou que, no caso do casal, as “autoridades locais compareceram ao portão de embarque para verificar a presença de dois passageiros que estavam causando tumulto”. A companhia disse, ainda, que atos de violência não são tolerados.
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