O caso de Penélope, também conhecida como “Japinha”, morta na megaoperação do Rio de Janeiro na última terça-feira (28), é o caso mais recente e emblemático sobre a curiosidade mórbida das pessoas por fotos de pessoas mortas.

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A foto foi tão compartilhada, que a irmã de Penélope pediu nas redes sociais que as pessoas parassem de compartilhar a foto de Japinha com o rosto desfigurado.

O que explica a curiosidade das pessoas por fotos de pessoas mortas

A morte sempre desperta a curiosidade do ser humano. É natural e faz parte do mistério que a finitude tem. Segundo o psicólogo João Paulo de Paiva, em entrevista para a Tribuna do Leste, ver fotos de tragédias também pode provocar uma sensação de alívio na pessoa.

Por mais estranho que pareça, para o psicólogo, o ser humano sente alívio quando a tragédia aconteceu com o outro. Além disso, pode dar a sensação de que a vida está melhor do que parece.

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Outra explicação segundo o psicólogo seria a necessidade que as pessoas tem de entender causa e efeito dos acontecimentos. Quando se para para observar um acidente de carro é algo parecido, entendendo o que aconteceu com aquela pessoa e o que pode acontecer conosco.

Por fim, ele também ressalta o efeito manada. Se todo mundo está olhando, como vivemos em grupo, somos atraídos para saber também o que o outro está vendo, lendo ou ouvindo.

Quem era Japinha e o que aconteceu com ela

Japinha ganhou notoriedade nas redes sociais por publicar fotos ostentando armas e vestindo roupas militares. Ela era apontada pela polícia como uma das principais combatentes da organização criminosa alvo da operação das forças de segurança nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte, nesta semana.

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Ela morreu após ser atingida por um disparo de fuzil no rosto durante confronto com policiais após resistir a abordagem policial. No momento da troca de tiros, ela usava roupa camuflada, colete tático e compartimentos para carregadores de fuzil.