O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) está acompanhando o caso do médico afastado em Catanduvas, no Meio-Oeste de Santa Catarina, investigado por supostos abusos sexuais contra mulheres durante consultas médicas.
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De acordo com as informações do MPSC, a Promotoria de Justiça da comarca atua para que as supostas vítimas tenham seus direitos assegurados, sejam ouvidas com respeito, mantenham suas identidades em sigilo e recebam suporte para superar eventuais traumas. Ainda segundo o MPSC, a Justiça indeferiu o pedido de prisão preventiva.
A promotora Raquel Marramon da Silveira destacou que o acompanhamento do MPSC busca proteger as vítimas e garantir que o processo seja conduzido de forma séria e segura.
— Sabemos que nos crimes sexuais as mulheres ficam mais vulneráveis e têm receio de que a busca por justiça gere ainda mais traumas, mas as equipes da Polícia Civil e da Promotoria de Justiça da Comarca de Catanduvas estão preocupadas em realizar um acolhimento que preserve a intimidade e não gere revitimização, assegurando o sigilo total das identidades — explicou.
Segundo a promotora, o objetivo é esclarecer completamente os fatos e assegurar punição severa, caso as acusações sejam confirmadas, sempre mantendo a proteção e o respeito às vítimas.
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Entenda o caso
O afastamento do médico ocorreu após denúncias de que ele teria cometido atos libidinosos repetidos durante atendimentos clínicos, aproveitando-se da posição de confiança que a profissão proporciona.
A decisão judicial foi cumprida na terça-feira (23), quando também houve busca e apreensão de equipamentos eletrônicos no consultório do investigado.
Segundo a Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), os materiais recolhidos serão analisados por peritos e podem trazer novos elementos para a investigação, incluindo registros que ajudem na identificação de outras possíveis vítimas. O inquérito já reúne relatos de mulheres que dizem terem sido abusadas durante consultas médicas.
O Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC) informou que fez uma solicitação de informações ao Poder Judiciário, “com o objetivo de adotar as medidas cabíveis e promover a devida apuração dos fatos no âmbito da Corregedoria”.
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