Um médico, que atuava em Catanduvas, no Meio-Oeste de Santa Catarina, foi afastado do exercício da profissão após denúncias de crimes contra a dignidade sexual. A decisão judicial foi cumprida na tarde desta terça-feira (23), quando também houve busca e apreensão de equipamentos eletrônicos no consultório do investigado.

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A decisão também determinou a suspensão da inscrição do médico no Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC). Segundo a Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC), a medida é excepcional, mas necessária para proteger possíveis vítimas e preservar a investigação.

Ainda de acordo com a polícia, os materiais recolhidos serão analisados por peritos e podem trazer novos elementos para a investigação, incluindo registros que ajudem na identificação de outras possíveis vítimas. O inquérito já reúne relatos de mulheres que dizem terem sido abusadas durante consultas médicas.

Médico se aproveitava da confiança dos pacientes

Segundo as investigações, os crimes teriam ocorrido de forma repetida, em que o médico se aproveitava da relação de confiança com os pacientes. 

O delegado André Luis Cembranelli Barbeta, responsável pelo caso, explicou que as medidas adotadas buscam proteger a população e ampliar a coleta de provas. 

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— A suspensão do exercício da medicina e a apreensão de equipamentos eletrônicos são medidas essenciais para interromper a prática delitiva e fortalecer a coleta de provas. É fundamental que possíveis vítimas tenham coragem de procurar a polícia, para que possamos dar voz a todos os relatos e ampliar o alcance da investigação — explicou o delegado.

A Polícia Civil reforçou ainda que denúncias podem ser feitas de forma anônima pelos canais oficiais, com garantia de sigilo. A reportagem entrou em contato com o CRM, que enviou uma nota sobre o caso. Confira.

O Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC) esclarece que, até o presente momento, não foi oficialmente comunicado pelas autoridades policiais acerca do referido caso. Diante disso, a autarquia encaminhará, ainda hoje, solicitação de informações ao Poder Judiciário, com o objetivo de adotar as medidas cabíveis e promover a devida apuração dos fatos no âmbito da Corregedoria”

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