
QI elevado
Família de Itajaí vive nos Estados Unidos
A catarinense Bruna Büchele, de Itajaí, descobriu que a filha Laura, de apenas 9 anos, tem elevadas habilidades intelectuais, ou seja, é considerada uma criança superdotada. A menina entrou para a Mensa, uma renomada entidade internacional que reúne pessoas com elevado QI. A capacidade da pequena foi notada na escola, nos Estados Unidos, onde a família mora atualmente.
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Tudo começou no ano passado. A família se mudou em 2018 e, após um período de adaptação escolar, a professora de Laura reparou que ela aprendia muito rápido e tirava excelentes notas para uma criança que ainda estava aprendendo o inglês. A profissional sugeriu que os pais autorizassem que a instituição fizesse um teste de aptidão na estudante.
— A gente chamava a Laura de senhorinha porque desde pequena ela fala de um jeito mais formal, conjuga bem os verbos e gosta de café. Nunca passou pela nossa cabeça que era algo tão especial, tão grandioso. Foi bem chocante — conta mãe.
A avaliação confirmou a suspeita da professora e, a partir de então, Laura passou a frequentar uma sala com estudantes que possuem a mesma capacidade que ela. Apesar de estar no quarto ano, ela já lê livros do sétimo e faz contas matemáticas que alunos do sexto ano conseguem resolver.
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A inteligência, claro, não muda o fato de Laura ser uma criança. E como toda criança, ela brinca muito. A mãe tenta dosar infância, limites e incentivos, já que até nos momentos de diversão a menina cria regras intermináveis, o que exige paciência dos pais, que precisam dar limites sem oprimir as habilidades. A percepção diferenciada do mundo faz com que seja perfeccionista, o que gera estresse e ansiedade.
— Quando explico algo, ela sempre faz muitas perguntas, preciso embasar tudo, ela tem necessidade de saber os detalhes e eu me desdobro também para entender o assunto e poder explicar — conta Bruna.
Na tentativa de aprender mais sobre o assunto para ajudar a filha, Bruna encontrou o neurocientista e psicanalista Fabiano de Abreu, que também é integrante da Mensa. A instituição aceitou Laura no segundo semestre deste ano, após os pais a inscreverem para fazer parte da sociedade.
— Essa identificação precoce define o futuro da pessoa. Quando a criança e a família têm a consciência das habilidades, pode usar isso a seu favor no desenvolvimento e se tornar um adulto diferenciado — explicou Fabiano.
Laura lê livros, usa a internet para aprender, joga pouco e faz muitas perguntas sobre tudo. Mesmo podendo pular etapas, os pais preferem que ela siga o calendário escolar, que já é voltado para crianças com elevado QI.
A Mensa International é a maior, mais antiga e mais famosa sociedade de alto QI do mundo.
— A Mensa é uma associação que dá a oportunidade não só de ser avaliado, como também de interagir com pessoas com características similares. Isso é bom, já que a maior dificuldade num superdotado é de ser compreendido — resume Abreu.
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