As janelas estão fechadas, o tanque de combustível do carro, abastecido, e há estoque de água e comida: é assim que a catarinense Luana Ribeiro e o namorado se preparam para a passagem do furacão Ian na cidade Orlando, na Flórida. Ela conta que apesar do medo, as informações dos órgãos estadunidenses são essenciais para não se desesperar.
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A catarinense conversou com o Diário Catarinense por volta das 16h desta quarta-feira (28) em Orlando. Segundo Luana, a previsão era de que o furacão passasse pela cidade entre a noite desta quarta e a madrugada de quinta (29). Um mapa mostra (confira abaixo) que o apartamento da catarinense é localizado ao lado de onde o olho do furacão deve passar, próximo ao aeroporto internacional de Orlando.
No entanto, existe a possibilidade do fenômeno perder a força.
— Quando ele chegar aqui a previsao ja é ele virar uma tropical storm, uma tempestade. Mas tudo depende se ele realmente vai perder a força na terra ou não — explica a catarinense.
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Imagens mostram como a catarinense espera a passagem do furacão
Segundo a AFP, o fenômeno Ian tocou o solo nesta quarta-feira (28) no oeste da Flórida como furacão de categoria 4 em uma escala de 5, conforme informações do Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos. Descrito como “extremadamente perigoso”, o Ian, com ventos de até 240 km/h, chegou à ilha de Cayo Costa.
Cerca de um milhão de casas na Flórida ficaram sem luz até esta quarta, de acordo com o site especializado PowerOutage, que registra os cortes de energia nos Estados Unidos.
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Luana conta que em Orlando tudo fechou após o meio-dia desta quarta, e a orientação é que tudo fique fechado até quinta-feira (29). Ela descreve como ela e o namorado tem se preparado para a chegada do fenômeno:
— A preparação que foi dada era ter estoque de água, pois depois da tempestade pode tudo ficar contaminado, e estoque de comida que não precise cozinhar pois também podemos ficar algum tempo sem luz. Ter gasolina, tanque cheio caso tenha mandado de evacuação. No mais, ficar em casa — conta.
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Ela explica que na Flórida os apartamentos estão preparados para furacões, mas podem ser danificados com um de categoria quatro. A catarinense gravou um vídeo que mostra os ventos em frente ao lugar onde mora em Orlando.
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Mesmo com a sensação de medo, ela acredita que estar informado e se preparar é a principal solução para não entrar em desespero. Segundo ela, há semanas os moradores da região foram avisados que o furacão iria chegar:
— Acredito que [sensação de] medo, por a gente não ter controle da força da natureza. Mas o importante é estar alerta ao que as autoridades passam de informação para também não acabar entrando em desespero sem ter necesidade. A gente tem casa, está seguro, tem estoque de comida e agua. Então não temos o que mais fazer dentro do que está sob nosso controle.