Os dados do Censo 2022 divulgados nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a renda média de trabalhadores catarinenses apontou as áreas em que estão os maiores rendimentos. Em Santa Catarina, a atividade do trabalho com os maiores valores foi a Administração pública, defesa e seguridade social, com R$ 5.498.

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As áreas que apareceram em seguida foram a de eletricidade e gás (R$ 5.275) e de atividades imobiliárias (R$ 5.272). Já as atividades com menores remunerações médias em SC foram as de serviços domésticos (R$ 1.479) e de atividades administrativas e serviços complementares (R$ 2.211).

Em todas as áreas os rendimentos médios dos homens foi maior do que o das mulheres. No Estado, a diferença média foi de 33% entre as rendas deles e delas. Em áreas como a saúde humana e serviços sociais, essa discrepância chegou a 106,7%.

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No total, Santa Catarina teve a terceira maior renda média de todo o país, com rendimento de R$ 3.391, atrás apenas do Distrito Federal (R$ 4.715) e São Paulo (R$ 3.460). O valor médio recebido pelos catarinenses também ficou acima dos rendimentos médios do Brasil, que ficaram em R$ 2.851. Petrolândia, no Alto Vale do Itajaí, teve a maior renda média do Estado e a quarta maior do país, com quase R$ 6 mil de rendimento médio às pessoas com mais de 14 anos ocupadas.

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Remunerações médias por área em SC

  • Administração pública, defesa e seguridade social: R$ 5.497,68
  • Eletricidade e gás: R$ 5.275,39
  • Atividades imobiliárias: R$ 5.272,42
  • Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados: R$ 5.180,77
  • Informação e comunicação: R$ 5.142,51
  • Atividades profissionais, científicas e técnicas: R$ 5.087,54
  • Saúde humana e serviços sociais: R$ 4.760,04
  • Indústrias extrativas: R$ 4.128,43
  • Atividades mal especificadas: R$ 3.826,50
  • Educação: R$ 3.781,50
  • Artes, cultura, esporte e recreação: R$ 3.746,01
  • Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura: R$ 3.533,12
  • Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais: R$ 3.486
  • Transporte, armazenagem e correio: R$ 3.267,09
  • Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas: R$ 3.053,43
  • Construção: R$ 2.994,38
  • Indústrias de transformação: R$ 2.740,31
  • Outras atividades de serviços: R$ 2.713,48
  • Alojamento e alimentação: R$ 2.664,73
  • Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação: R$ 2.393,61
  • Atividades administrativas e serviços complementares: R$ 2.211,73
  • Serviços domésticos: R$ 1.478,50
  • Média total: R$ 3.391,15

Trabalhadores por conta própria de SC têm maior renda do país

Quando analisada a posição da ocupação exercida pelos catarinenses, a função de empregador foi a que registrou maior rendimento em SC, com R$ 8.403 de renda média. Na comparação com os demais estados, no entanto, os empresários catarinenses ocupam somente a 14ª posição entre as maiores remunerações.

Entre os empregados, os que atuam no setor privado têm rendimento inferior aos que trabalham por conta própria. Nesta categoria de profissionais autônomos, a renda média chegou a R$ 3.592, o maior rendimento deste público entre todos os estados do país. Já os empregados do setor privado tiveram renda média de R$ 2.698.

Santa Catarina tem também lidera os estados com as maiores faixas de renda média mensal. É entre os catarinenses que está a maior proporção de pessoas que recebem mais de 1 salário mínimo. Na faixa mais alta, de pessoas que recebem mais de 1 a 5 salários mínimos, SC tem 77,1% das pessoas ocupadas com essa remuneração, 20 pontos percentuais a mais do que a média nacional que recebe acima desse patamar (57,1%).

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Em contrapartida, SC tem a menor proporção de pessoas que recebem até um salário mínimo. São apenas 14% das pessoas nesta condição, contra 35,3% nesta faixa de renda em todo o país.

SC tem menor índice de desigualdade

Os dados do Censo 2022 também apontaram que SC tem a menor desigualdade de rendimentos do país, com o chamado Índice de Gini mais baixo entre todos os Estados do país. O índice é calculado a partir do grau de concentração de uma distribuição, em que 0 significa perfeita igualdade e 1, desigualdade máxima.

Após SC, Paraná (0,482) e Rio Grande do Sul (0,484) aparecem com os menores índices de desigualdade. O Índice de Gini nacional foi de 0,542.

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