Parece inacreditável pensar que o chá de camomila faz mal. Famoso por ajudar a dormir e aliviar a ansiedade, deixou de ser visto como totalmente inofensivo.
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Pesquisas recentes e especialistas alertam que o consumo em excesso pode provocar efeitos colaterais e interagir com medicamentos.
Embora natural, a planta deve ser usada com moderação e acompanhamento médico, especialmente em casos de uso contínuo.
Os riscos do excesso
De acordo com a plataforma Verywell Health, o consumo exagerado da bebida pode causar náuseas, vômitos, sonolência e reações alérgicas.
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A nutricionista Keri Gans explica que, em pessoas sensíveis, a camomila pode irritar o sistema digestivo. Já Samantha Dieras, do Hospital Mount Sinai (EUA), alerta que mais de três xícaras por dia aumentam o risco de sonolência profunda e interações com medicamentos sedativos.
- O excesso pode causar náuseas e vômitos;
- Interage com anticoagulantes, anticoncepcionais e sedativos;
- Estudos indicam possíveis danos hepáticos e renais em uso prolongado.
Quem deve evitar o chá
Nem todo mundo pode consumir camomila com segurança. Pessoas alérgicas a plantas como margarida, crisântemo, calêndula ou ambrósia devem evitar a bebida. Em casos mais graves, podem ocorrer reações como inchaço, erupções cutâneas e até anafilaxia, uma condição que requer atendimento médico imediato.
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Grávidas e lactantes também precisam de orientação médica. O chá contém compostos que podem afetar a pressão e estimular contrações uterinas. Além disso, quem faz uso de anticoagulantes corre o risco de sangramentos, pois a camomila contém substâncias cumarínicas que intensificam o efeito desses medicamentos.
O que dizem os estudos
Pesquisadores da Universidade de Granada, na Espanha, observaram em estudo publicado na revista Phytomedicine que o uso prolongado da camomila em doses elevadas pode alterar as funções do fígado e dos rins. A pesquisa também registrou casos de sonolência extrema e vômitos, reforçando que a moderação é essencial.
Esses efeitos ocorrem porque os compostos da planta interferem na absorção e no metabolismo de diversos medicamentos, podendo alterar a eficácia de tratamentos em andamento. Por isso, médicos recomendam que o chá seja usado de forma complementar, e não como substituto de terapias convencionais.
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Como consumir com segurança
Para aproveitar os benefícios calmantes da camomila sem riscos, a recomendação é clara: limite o consumo entre uma e três xícaras por dia. Essa quantidade é considerada segura para adultos saudáveis, segundo a Verywell Health.
- Evite tomar o chá junto a remédios sedativos ou anticoagulantes;
- Observe sinais como sonolência excessiva, coceira ou irritação na pele;
- Use camomila de procedência confiável, armazenada em local seco e fresco.
Para quem busca relaxar, o ideal é tomar o chá cerca de 30 minutos antes de dormir, sem adoçantes artificiais ou combinações com outras ervas sedativas. O uso moderado continua sendo benéfico para aliviar ansiedade, cólicas e desconfortos digestivos leves.
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Benefícios continuam, mas com equilíbrio
Em pequenas quantidades, a camomila mantém seus efeitos positivos. Ela ajuda na digestão, acalma o sistema nervoso e auxilia no sono. No entanto, especialistas reforçam que “natural” não é sinônimo de “sem risco”.
“Mesmo substâncias naturais podem causar reações adversas. O segredo está na dosagem”, explica Keri Gans. O chá, quando consumido com consciência, segue sendo um aliado valioso para o bem-estar.
O equilíbrio como regra de ouro
O alerta dos especialistas é simples: o excesso transforma o remédio em problema. Um hábito saudável só se mantém assim quando praticado com atenção. Tomar o chá de camomila de forma equilibrada continua sendo uma das maneiras mais seguras e naturais de cuidar da saúde física e mental — sem abrir espaço para efeitos indesejados.
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