Em uma expedição submarina no arquipélago de Åland, na Finlândia, em 2010, uma equipe de mergulhadores fez uma descoberta fascinante ao se deparar com os destroços de uma antiga embarcação. Contudo, o que verdadeiramente chamou a atenção da equipe não foi apenas o naufrágio em si, mas o tesouro que se encontrava dentro dele. Entre os objetos resgatados, surpreendentemente, encontravam-se 168 garrafas de champanhe ainda lacradas.
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Movidos pela curiosidade, os mergulhadores encaminharam algumas dessas raridades para análise de especialistas. O que os estudos revelaram foi duplamente surpreendente: uma parcela das garrafas pertencia à renomada vinícola francesa Veuve Clicquot. A identificação foi possível mesmo sem os rótulos originais, graças à composição e às marcas impressas nas rolhas. Além disso, a análise apontou que o champanhe Veuve Clicquot, datado de mais de um século e meio antes, possuía um valor significativo no mercado.
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Após a descoberta inusitada das garrafas de champanhe, a história ganhou um novo capítulo quando 11 delas foram leiloadas, alcançando os valores notáveis de aproximadamente R$ 70 mil cada. O valor alto de cada garrafa já chamava a atenção, considerando que a condição da bebida permanecia incerta quanto ao seu potencial de consumo.
O leilão bem-sucedido impulsionou a decisão dos mergulhadores de submeter uma dessas garrafas a sommeliers renomados, buscando desvendar o mistério que envolvia a bebida centenária. Contudo, o entusiasmo inicial foi amortecido pelo primeiro parecer dos especialistas, que não expressaram grande otimismo em relação à qualidade da bebida.
Por que o sabor de “cabelo molhado”?
Os especialistas descreveram inicialmente o champanhe resgatado como tendo um sabor semelhante a “cabelo molhado”, com notas peculiares de “animais”. No entanto, uma reviravolta surpreendente ocorreu quando os sommeliers, após permitirem que a bebida “respirasse” por um breve momento, mudaram de opinião.
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Termos como “coriáceo”, “defumado”, “levemente picante”, e “com notas frutadas e florais” passaram a descrever o champanhe, surpreendendo a todos. Além disso, os especialistas asseguraram que a bebida permanecia em condições ideais para o consumo, mesmo após seu longo período submerso, revelando não apenas sua resiliência, mas também suas complexas camadas que se desdobraram com paciência e consideração durante a degustação.
Como o valor chegou a R$ 1 milhão?
A confirmação de que o champanhe se mantinha apto para o consumo elevou exponencialmente o valor de cada garrafa, chegando a ser 15 vezes maior, atingindo pelo menos 200 mil dólares, equivalente a quase um milhão de reais por unidade.
Embora especialistas justifiquem esse preço para a raridade da bebida, surge o questionamento sobre a probabilidade de alguém optar por consumir algo tão raro, caro e potencialmente questionável em sabor.
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Com o novo patamar de valor estimado, antecipa-se que futuros leilões desse “champanhe mais antigo do mundo” ocorrerão com lances iniciais reajustados, beneficiando tanto os mergulhadores quanto aqueles que adquiriram as garrafas no primeiro leilão por valores consideravelmente inferiores.
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