Após o jogador Alan Ruschel, sobrevivente da tragédia aérea da Chapecoense em 2016, cobrar uma dívida do clube catarinense na justiça, a Chape se pronunciou e afirmou que o acidente foi benéfico para o atleta. As informações são do ge.

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O Globo Esporte teve acesso ao documento oficial onde o clube diz que “o acidente deu notoriedade ao reclamante e alavancou seus ganhos”. 

“Ainda, a fim de se evitar preclusão, cumpre-se gizar que o reclamante não foi vítima de um acidente, pelo contrário, foi um sobrevivente, abençoado pela força divina e, dentre aqueles ligados diretamente ao futebol, o ÚNICO que continua a desenvolver suas atividades identicamente ao período anterior”, escreveu a Chapecoense. 

“Efetivamente, o acidente deu notoriedade ao reclamante e alavancou seus ganhos, bastando-se verificar o histórico em sua carteira de trabalho, sua imagem valorizou e passou a ter notoriedade mundial” complementou o clube.

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Em sua defesa, o lateral-esquerdo se pronunciou nas redes sociais nesta sexta-feira (25). De acordo com o atleta, a Justiça foi acionada apenas após o clube não concluir com o pagamento de valores já acordados entre ambos.

– A minha vida precisava continuar, mas isso não tira responsabilidade do clube. Só eu sei os traumas que carrego comigo, o esforço, a luta para voltar a jogar. Hoje tenho oito parafusos nas costas, não quero me vitimizar, mas apenas para deixar essa situação clara. Afirmar que minha vida seguiu normal é um absurdo, não só comigo, mas também com os familiares das vítimas do acidente – disse ele em vídeo. 

A tragédia da Chapecoense aconteceu na Colômbia, em novembro de 2016, quando o time se preparava para o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana. Foram 71 vítimas do acidente, entre eles jogadores, funcionários, jornalistas e convidados. Apenas seis pessoas sobreviveram. Delas, quatro brasileiros.

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