O governo chinês anunciou, nesta segunda-feira (10), que está retomando as exportações de chips semicondutores de veículos ao mercado brasileiro. A medida, já esperada há algumas semanas, afasta a possibilidade de crise nas montadoras de carro instaladas no Brasil, garantindo a produção em alta nos próximos meses.
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A informação foi confirmada por Igor Calvet, presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Segundo Calvet, a retomada será feita de forma gradual, e os primeiros lotes devem chegar ao Brasil ainda no mês de novembro.
Antes mesmo do anúncio da retomada nas exportações, as montadoras brasileiras receberam do governo chinês uma autorização excepcional para encomendar semicondutores do país asiático. Com a liberação definitiva das vendas, o número de pedidos deve aumentar exponencialmente nos próximos dias.
Liberação de semicondutores evita crise no Brasil
A medida do governo chinês deve evitar, ao menos por enquanto, uma crise de produção nas montadoras brasileiras. O risco de uma grande queda na fabricação de veículos em escala global surgiu no início do segundo semestre, quando disputas geopolíticas envolvendo a China, os Estados Unidos e uma empresa holandesa chamada Nexperia provocaram um colapso no fornecimento dos componentes.
Os semicondutores de veículos ganharam destaque no cenário econômico global desde a pandemia do Coronavírus. Na época, a queda de produção causada por questões como o isolamento social elevou o preço dos componentes, causando uma alta considerável nos custos de fabricação e, por consequência, de venda dos carros.
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Importância dos semicondutores
Componentes vitais dos veículos, os semicondutores são utilizados em diversas engrenagens, como nos freios ABS, injeção eletrônica, central multimídia, sensores do motor, entre outros. Sem esses pequenos chips, as montadoras não conseguem manter a produção de carros, o que causaria uma menor oferta no mercado e também uma alta nos preços de venda.
Em nota enviada à imprensa, Calvet informou que a medida da China diminui consideravelmente o risco de crise nas montadoras no Brasil, mas ressaltou que uma nova paralisação pode afetar significativamente o mercado brasileiro.
