O ministro da Economia Paulo Guedes voltou a ser assunto por mais uma declaração nessa quinta-feira (29). Ele criticou o Fies e disse que o filho de um porteiro foi supostamente aprovado com nota zero.

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“Houve excessos no Fies. É verídico. O porteiro do meu prédio um dia me falou ‘doutor Paulo, meu filho fez vestibular para uma faculdade privada, e olha a carta que recebi’. A carta dizia ‘parabéns, o senhor foi aprovado com média…’ e tinha um espaço. Era uma carta padronizada. E no espaço a média zero. Então claramente houve excessos”, disse.

A declaração foi dada em reunião do Conselho de Saúde Suplementar nessa terça-feira (27), que ele não sabia que estava sendo gravada. Nessa reunião ele também afirmou que “o chinês inventou o vírus”.

“O chinês inventou o vírus e a vacina dele é menos efetiva que a do americano. O americano tem cem anos de investimento em pesquisa. Então os caras falam: ‘qual o vírus? É esse? tá bom’. Decodifica, tá aqui a vacina da Pfizer. É melhor do que as outras”, disse Guedes.

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Relembre outras frases controversas do economista ao longo de dois anos e meio à frente da pasta:

“Tchutchuca é a mãe, é a vó”

Disse em 3 de abril de 2019, após ouvir do deputado Zeca Dirceu (PT-PR) que seria “tigrão” com os aposentados e “tchutchuca” com privilegiados em reunião da CCJ da Câmara.

“É feia mesmo”

“O Macron (presidente da França) falou que estão colocando fogo na Amazônia. O presidente (Bolsonaro) devolveu, falou que a mulher do Macron é feia. O presidente falou a verdade, ela é feia mesmo. Mas não existe mulher feia, existe mulher observada do ângulo errado. E fica essa xingação.”

Declarou em 5 de setembro de 2019, em evento com empresários em Fortaleza, após Bolsonaro endossar em rede social comentário ofensivo contra a primeira-dama francesa.

AI-5

“Sejam responsáveis, pratiquem a democracia. Ou democracia é só quando o seu lado ganha? Quando o outro lado ganha, com dez meses você já chama todo mundo para quebrar a rua? Que responsabilidade é essa? Não se assustem então se alguém pedir o AI-5. Já não aconteceu uma vez? Ou foi diferente? Levando o povo para a rua para quebrar tudo. Isso é estúpido, é burro, não está à altura da nossa tradição democrática.”

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Disse em 25 de novembro de 2019, em entrevista coletiva em Washington, durante convulsão social em países da América Latina e após Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, falar que se a esquerda “radicalizar”, resposta pode ser “via um novo AI-5”.

“Destroem o ambiente para comer”

“As pessoas destroem o ambiente para comer, e essas pessoas podem ter outras preocupações que diferem daquelas das pessoas que já destruíram o ambiente para comer.”

Discursou em 21 de janeiro de 2020, no Fórum Econômico Mundial em Davos.

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“Virou um parasita”

“O funcionalismo teve aumento de 50% acima da inflação, além de ter estabilidade na carreira e aposentadoria generosa. O hospedeiro está morrendo, o cara virou um parasita.”

7 de fevereiro de 2020, em palestra na FGV.

“Festa danada”

“Não tem negócio de câmbio a R$ 1,80. Vamos importar menos, fazer substituição de importações, turismo. (Era) todo mundo indo para a Disneylândia, empregada doméstica indo para a Disneylândia, uma festa danada.”

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12 de fevereiro de 2020, em discurso do Seminário de Abertura do Ano Legislativo da Revista Voto, após o dólar atingir R$ 4,35, recorde nominal até então.

Empresas pequenininhas

“Nós vamos ganhar dinheiro usando recursos públicos pra salvar grandes companhias. Agora, nós vamos perder dinheiro salvando empresas pequenininhas.”

22 de abril de 2020, em vídeo de reunião ministerial tornado público pelo ministro Celso de Mello, do STF.

Granada

“Nós já botamos a granada no bolso do inimigo. Dois anos sem aumento de salário (dos servidores). Era a terceira torre que nós pedimos pra derrubar. Nós vamos derrubar agora, também. Isso vai nos dar tranquilidade de ir até o final. Não tem jeito de fazer um impeachment se a gente tiver com as contas arrumadas, tudo em dia. Acabou! Não tem jeito. Não tem jeito.”

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22 de abril de 2020, em vídeo de reunião ministerial tornado público pelo ministro Celso de Mello, do STF.

Ninguém trabalha

“Se falarmos que vai ter mais três meses, mais três meses, mais três meses, aí ninguém trabalha. Ninguém sai de casa e o isolamento vai ser de oito anos porque a vida está boa, está tudo tranquilo. E aí vamos morrer de fome do outro lado. É o meu pavor, a prateleira vazia.”

20 de maio de 2020, em reunião com empresários, sobre a prorrogação do auxílio emergencial.

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V de Nike

“Então, as indicações são de que o Brasil está se recuperando no V da Nike. É um V em que não se volta com a mesma velocidade que caiu, mas está subindo mês a mês. Saíram os dados da produção industrial agora: 8%, 9% acima do mês passado também.”

5 de agosto de 2020, durante audiência virtual sobre reforma tributária.

“Chinês inventou o vírus”

“O chinês inventou o vírus e a vacina dele é menos efetiva que a do americano. O americano tem cem anos de investimento em pesquisa. Então os caras falam: ‘qual o vírus? É esse? tá bom’. Decodifica, tá aqui a vacina da Pfizer. É melhor do que as outras.”

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27 de abril de 2021, em reunião do Conselho de Saúde Suplementar, sem saber que estava sendo gravado.

130 anos

“Todo mundo quer viver 100, 120, 130 anos. Todo mundo vai procurar serviço público (de saúde) e não há capacidade instalada no setor público para isso. Vai ser impossível.”

27 de abril de 2021, em reunião do Conselho de Saúde Suplementar, sem saber que estava sendo gravado.

Média zero

“Houve excessos no Fies. É verídico. O porteiro do meu prédio um dia me falou ‘doutor Paulo, meu filho fez vestibular para uma faculdade privada, e olha a carta que recebi’. A carta dizia ‘parabéns, o senhor foi aprovado com média…’ e tinha um espaço. Era uma carta padronizada. E no espaço a média zero. Então claramente houve excessos”

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27 de abril de 2021, em reunião do Conselho de Saúde Suplementar, sem saber que estava sendo gravado.

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