O Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) indicou que a nova mancha de espuma marrom, que voltou a aparecer na Lagoa da Conceição, em Florianópolis, na última quinta-feira (11), foi causada pelo nível elevado de nutrientes e pelo “forçamento físico recente causado pela passagem de um ciclone”.
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A mancha de espuma marrom ocorre cerca de dois meses após a proliferação de microalgas ter provocado situação semelhante na região. Na época, um laudo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) indicou que as espumas observadas foram causadas por algas potencialmente nocivas.
O que causou novas manchas na Lagoa da Conceição
A Prefeitura de Florianópolis justificou, ainda na semana passada, que a ocorrência estava relacionada ao revolvimento da Lagoa da Conceição, provocado pelos ventos, fazendo com que a espuma se deslocasse e se acumulasse novamente.
O Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA/SC) foi ao local para recolher o material e realizar uma nova análise na substância para confirmar a origem.
Em nota, o IMA informou que “o recente evento de formação de espuma observado na Lagoa da Conceição apresenta características semelhantes ao fenômeno diagnosticado no Relatório Técnico nº 1576/2025/IMA/CFI, emitido em 15 de outubro de 2025, o qual indicou tratar-se de espuma de origem biogênica, não associada à contaminação química de origem artificial”.
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“A análise preliminar da comunidade fitoplanctônica, densa, diversa e sem dominância específica, corrobora o padrão observado anteriormente de decomposição de biomassa mista, reforçada agora pela identificação de espécies marinhas e estuarinas que evidenciam a intrusão de águas oceânicas”, acrescentou o Instituto.
Ainda conforme o Instituto do Meio Ambiente, a causa provável do fenômeno está relacionada ao nível elevado de nutrientes e ao forçamento físico recente causado pela passagem de um ciclone.
“O empilhamento de água do mar para o interior da laguna promove turbulência e mistura que, aliados à disponibilidade de nutrientes, favorecem a liberação de tensoativos orgânicos responsáveis pela estabilidade da espuma”, acrescentou o IMA.
O IMA recomenda que moradores e turistas evitem o banho na lagoa e o contato direto com a água nos locais onde houver acúmulo de espuma ou alteração de cor.
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