A pequena cidade de Luiz Alves, onde moram pouco mais de 11 mil pessoas, registrou em três horas o volume de chuva esperado para uma semana inteira. A afirmação é do coordenador da Defesa Civil do município, Jonas Abel Selbiscikowski. Foram mais de 100 milímetros de chuva no intervalo entre o meio-dia e às 15h desta segunda-feira (24). A água transformou as ruas em rios e alagou várias casas.

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A prefeitura precisou pedir ajuda para cidades vizinhas para conseguir prestar assistência aos moradores. Com apenas um barco à disposição, Luiz Alves conseguiu com a Defesa Civil de Itajaí mais uma embarcação e outra com o Corpo de Bombeiros Militar de Navegantes. Com a locomoção comprometida, o governo municipal ainda não tem um levantamento sobre quantas famílias foram atingidas.

De acordo com Jonas, a chuva passou a cair com menor intensidade no meio desta tarde. Porém, muita água ainda descia dos morros, o que elevava o nível da enxurrada nas áreas mais baixas do município. Braço Elza, Vila do Salto, Braço Miguel, Alto e Baixo Canoas são as regiões mais afetadas. O telefone fixo da Defesa Civil parou de funcionar e o contato ficou restrito ao WhatsApp 47 99201-2878.

Até as 15h30min, cerca de 20 mensagens tinham chegado por esse telefone. A maioria apontava alagamentos e deslizamentos de terra, muitos bloqueando estradas no interior. A própria sede dos bombeiros da Defesa Civil de Luiz Alves precisou mudar de local por ficar ilhada. Os agentes montaram uma estrutura provisória na escola Rafael Rech, localizada em uma área mais alta.

A prefeitura abriu um abrigo na escola Paulina Regina Weber Köhler, bairro Vila do Salto. O espaço está preparado para receber moradores em situação de risco com estrutura básica, alimentação e suporte das equipes da assistência social, defesa civil e voluntários. As aulas das escolas da rede municipal e estadual foram suspensas nos períodos da tarde e da noite.

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Veja fotos dos alagamentos em Luiz Alves