Já se passaram quase cinco anos desde que uma corrente do bem mudou a vida da pequena Antonella Cunha Moro, de Blumenau. Diagnosticada com Atrofia Muscular Espinhal, a AME, quando ainda era uma bebê, ela conseguiu tomar o medicamento necessário, de R$ 9 milhões, graças a doações de centenas de brasileiros.

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Hoje, a vida é outra. Ela já até sabe ler.

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A AME é uma doença genética rara que afeta as células nervosas e a medula espinhal. Ela impede os movimentos musculares do corpo, como falar, andar, engolir e respirar.

A história da menina de seis anos foi relembrada nesta terça-feira (5) no aniversário de 45 anos do Jornal do Almoço, na NSC TV. Desde a campanha em 2019, que arrecadou R$ 11 milhões, muita coisa mudou. À época, ao ser levada para o tratamento nos Estados Unidos, a criança nem sequer conseguia se mexer.

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— A gente achou que não ia conseguir e hoje vê ela se desenvolvendo bem graças a todas essas pessoas — agradece a mãe, Evelize Cunha.

Atualmente, Antonella tem mais força muscular, consegue sentar, segurar objetos e sustentar a cabeça. Não é capaz ainda de mastigar, mas Evelize sonha com a compra de um remédio que possa ajudar nisso. O problema, novamente, é o preço — cerca de R$ 150 mil por mês. A família tenta conseguir na Justiça a medicação.

A Antonella hoje em dia

Porém, como Evelize gosta de falar, cada dia é uma luta nova e também uma nova vitória. Antonella faz cinco horas de fisioterapia diariamente, sete dias por semana. São exercícios para fortalecer os músculos e eliminar secreção do pulmão, por exemplo — porque ela não tem força para tossir.

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Como ela ainda tem traqueostomia, que é uma abertura na traqueia para facilitar a entrada de oxigênio, para falar precisa tampar o buraquinho que fica na garganta, mas isso não é problema. A menina é tagarela, revela a mãe.

Entre uma fisioterapia e outra, Antonella tem estudado. Aprendeu a ler com ajuda de uma professora particular e agora uma professora da prefeitura vem uma vez por semana na casa dela. A pequena está até aprendendo a fazer contas.

Assim, consegue ir somando cada conquista que tem.

Com informações e texto de Patrícia Silveira, NSC TV

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