Imagine você acordar do soninho da tarde, ir à cozinha e se deparar com uma cobra de quase dois metros de comprimento pendurada no varão da cortina. Isso aconteceu no domingo (1º) com uma família em Benedito Novo, no Vale do Itajaí. Seria, claro, motivo de susto para muitos, mas não foi para o Renildo dos Santos e a esposa. É que a visitante, na verdade, os têm como “humanos de estimação”.
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— Jaqueline veio há três anos, quando busquei lenha na rua e coloquei uma tora oca no porta-malas do carro. Aí descarreguei no pátio e a sogra separou esse tronco para colocar umas plantas, já que era oco. Passados uns minutos, ela saiu de dentro, para meu espanto, e fugiu para o mato próximo. Eu brinquei dizendo que fugiu da sogra, pois jararaca não lida com outra espécie de cobra — recorda. A cobra, porém, não se trata de uma jararaca e é uma caninana, considerada a mais rápida do país.
De lá para cá, a caninana faz, vez ou outra, uma aparição para a família. No último fim de semana, antes de passar do limite e entrar na casa, Renildo estava indo buscar lenha quando se deparou com ela dentro do sapato dele. Estava toda enrolada e possivelmente abrigada ali para se proteger do frio de 10°C. No dia seguinte, quando a temperatura aumentou, ela saiu e foi para o telhado.
Veterano do Exército e apaixonado por animais, Renildo sabe que se trata de uma cobra não peçonhenta, embora seja considerada a mais veloz do Brasil. Então, ele agiu com tranquilidade para tirar a visitante do local e devolvê-la à natureza. Ele brinca que o sapato que Jaqueline estava usando durante nos dias anteriores ficou perto da janela da cozinha e a suspeita é de que a cobra queria usá-lo novamente como abrigo.
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— Nós estamos bem acostumados, mas entrar em casa foi a primeira vez — diz.
A caninana é considerada a cobra mais rápida do Brasil. Ela é conhecida pela agilidade e velocidade ao se locomover. Apesar de não ser peçonhenta, pode morder quando se sente ameaçada e infla o pescoço para parecer maior. A espécie pode chegar a dois metros de comprimento e coloca, em média, entre 10 e 20 ovos, quando está na fase de se reproduzir.
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