O número de lesões por água-viva registrou um crescimento elevado na última semana, conforme divulgado no Boletim da Estação Verão do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC). Foram 5.856 ocorrências no litoral catarinense, um aumento de 88,46% em comparação com a semana anterior.
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Os números trazem dados entre os dias 11 e 17 de fevereiro. Na semana anterior, do dia 4 a 10 de fevereiro, foram 3.107 casos de lesões por água-viva atendidos pelos guarda-vidas do CBMSC.
Segundo o oceanógrafo, doutor em Ciências e professor Charrid Resgalla Jr, o número de águas-vivas presentes na água no momento ainda é considerado abaixo do normal. O professor aponta que um índice superior a 10 mil ocorrências por semana seria acima do comum.
Outro fator que aumenta o número de ocorrências é o alto número de banhistas nas praias, já que os casos só são registrados quando as vítimas relatam os incidentes.
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Homem teve choque anafilático após lesão com água-viva
No último sábado (15), um homem sofreu um choque anafilático por uma lesão com água-viva na Praia de Fora, em Palhoça. O caso aconteceu por volta do meio-dia. Além da ardência típica do envenenamento químico causado pelo contato com o animal, ele apresentou dificuldades respiratórias.
Uma ambulância do Corpo de Bombeiros foi acionada e prestou o atendimento à vítima, que evoluiu para um possível edema de glote, que pode ocorrer em casos de reação alérgica grave. Surgiram também sinais de parada cardiorrespiratória (PCR), que exigiu agilidade da equipe e apoio de um médico do Samu por meio do helicóptero Águia da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC).
Depois de ter o quadro estabilizado, o homem foi transportado, com vida, até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima.
Como são registrados os dados de águas-vivas
A cada atendimento prestado a uma vítima de lesão por água-viva nas praias de Santa Catarina, as ocorrências são registradas pelos guarda-vidas. Eles atuam no socorro e prevenção de novos casos, com a identificação dos locais onde o animal foi visto e uso da bandeira lilás na praia para sinalizar os locais a serem evitados.
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Desde o início da alta temporada, em 16 de dezembro do ano passado, o CBMSC registrou mais de 31 mil ocorrências de lesões com águas-vivas nas praias do litoral catarinense. Confira os registros por semana:
- de 16 à 23 de dezembro de 2024 = 212 ocorrências
- de 24 à 30 de dezembro de 2024 = 4008 ocorrências
- de 31 de dezembro à 06 de janeiro de 2025 = 6506 ocorrências
- de 07 à 13 de janeiro de 2025 = 3875 ocorrências
- de 14 à 20 de janeiro de 2025 = 2114 ocorrências
- de 21 à 27 de janeiro de 2025 = 3217 ocorrências
- de 28/01 à 03 de fevereiro de 2025 = 2158 ocorrências
- de 04 à 10 de fevereiro de 2025 = 3107 ocorrências
- de 11 à 17 de fevereiro de 2025 = 5856 ocorrências
O que fazer em caso de lesão por água-viva?
- Ao sentir ardência ou visualizar a água-viva na água, saia imediatamente do mar.
- Procure o posto de guarda-vidas mais próximo.
- Não use água doce, urina ou outros líquidos no ferimento. A urina é contraindicada porque sua acidez pode aumentar a sensação de queimadura e causar infecções devido à presença de bactérias.
- Lave apenas com água salgada.
- Solicite vinagre no posto de guarda-vidas. Ele é cientificamente comprovado para aliviar os sintomas.
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