Os comerciantes envolvidos na confusão registrada em Porto de Galinhas, em Pernambuco, publicaram um vídeo nas redes sociais para negar que houve cobrança abusiva e homofobia no episódio. O caso, registrado no último sábado (27), repercutiu nacionalmente após dois turistas serem agredidos na praia. O casal alega que os barraqueiros cobraram mais caro que o combinado anteriormente no aluguel de cadeiras e guarda-sol.

Continua depois da publicidade

— Primeiro, queria deixar claro que não existe cunho algum sobre homofobia. Não foi um caso de homofobia. Os caras estão tentando atrelar isso à história, e não foi isso […]. Aparentemente, os caras estavam embriagados — disse um dos comerciantes, que não se identificou.

O vídeo com o pronunciamento foi publicado no perfil do influenciador Marcio Henrique nesta segunda-feira (29). No registro, o garçom Erivaldo dos Santos, identificado no vídeo como Dinho, alega que também foi agredido por um dos turistas após o casal se recusar a pagar o valor de R$ 80 pelo uso de cadeiras. Johnny Andrade e Cleiton Zanatta, que são de Mato Grosso, denunciaram o caso à Polícia Civil.

— Ele [um dos clientes] me agrediu, deu um mata leão em mim. Primeiro, ele deu uma tapa no cardápio, depois eu empurrei — falou.

Os comerciantes alegam que abordaram os turistas logo que eles chegaram à praia para explicar como funciona a estrutura das barracas e informar o valor cobrado pelo aluguel das cadeiras.

Continua depois da publicidade

— Quando a gente colocou as cadeiras para o cliente sentar, simplesmente ele pulou da cadeira dele para a cadeira da frente e disse que ninguém ficaria na frente dele — falou uma das comerciantes, identificada como Vera.

Nesta segunda-feira, a prefeitura de Ipojuca anunciou que suspendeu por uma semana as atividades da barraca envolvida na confusão. A Polícia Civil investiga o caso.

Veja o pronunciamento

Entenda a confusão

Os empresários Johnny Andrade e Cleiton Zanatta contaram que as agressões iniciaram depois que os comerciantes cobraram mais caro que o combinado anteriormente no aluguel de cadeiras e guarda-sol, na praia do Litoral Sul do Estado, em Ipojuca. Segundo Johnny, foi dito ao casal que o valor das cadeiras era de R$ 50, mas que se houvesse consumação dos petiscos, não haveria necessidade de pagamento das cadeiras e da barraca.

Continua depois da publicidade

— Era umas quatro horas da tarde quando a gente pediu a nossa conta. Aí ele falou: “eu vi que vocês não consumiram o petisco, então agora eu vou cobrar R$80 da cadeira de vocês” — disse.

Os empresários, então, se recusaram a pagar o novo valor, de R$ 30 a mais que o combinado. Os comerciantes, por outro lado, não aceitaram a recusa e começaram a agredir Johnny e Cleiton com socos e cadeiradas.

As vítimas contaram ter sido agredidas por cerca de 20 a 30 barraqueiros. Conforme o governo de Pernambuco, 14 pessoas envolvidas nas agressões foram identificadas até essa segunda-feira.

O casal precisou pedir ajuda aos guarda-vidas civis, e as agressões só pararam quando os empresários foram colocados na caçamba de uma caminhonete dos guarda-vidas. Eles foram agredidos com tapas e socos.

Continua depois da publicidade

Veja fotos