Nas vésperas do início das aulas do primeiro semestre de 2025 na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) de Joinville, o estudante João Francisco Rubbo Nobre, de 18 anos, decidiu trocar de engenharia após ter sido o único inscrito em um curso no vestibular.
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Veja como é o curso escolhido pelo estudante da UFSC Joinville
Antes decidido a cursar Engenharia Ferroviária e Metroviária, o paulista se matriculou em Engenharia de Transportes e Logística. Para entender a decisão do aluno e o que o curso na universidade pública oferece, a reportagem do NSC Total foi até o campus, localizado na Zona Industrial Norte de Joinville.
A engenharia iniciou o semestre, até aqui, com 24 calouros, de acordo com a professora Christiane Wenck Nogueira Fernandes, coordenadora do curso de Engenharia de Transportes e Logística, um número que oscila durante os últimos anos.
— O ingresso em engenharias tem diminuído de forma geral, é um número que vem oscilando, acho que as pessoas querem cursos mais rápidos. O desafio para ter novos calouros é não terem contato com a área antes. Ninguém sabe do potencial do curso, as engenharias clássicas acabam atraindo mais esses alunos — disse.
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O curso de Transportes e Logística na UFSC Joinville
Em turno integral, o curso possui duração de cinco anos. Na universidade em Joinville, um dos laboratórios mais utilizados para a engenharia é uma sala que disponibiliza programas de simulação para que os alunos possam solucionar problemas de transporte e logística urbanos.
— Até utilizamos jogos para simular e chamar mais a atenção dos alunos. O engenheiro formado atende rodovias, ferrovias, aerovias, metrovias, portos e aeroportos, além de trabalhar com mobilidade, engenharia de tráfego, e ajudar com pesquisas — explica Silvia Taglialenha, supervisora do laboratório e professora do curso.
Além de trabalhar com transportes, a engenharia atua na movimentação de pessoas, bens, informações e alocação de recursos. O mercado, segundo as professoras, está aquecido e a maioria dos alunos se formam com empregos garantidos.
— Quando o aluno chega na metade do curso, já começam a chegar propostas de empresas. Todos saem empregados, com estágio durante o curso — afirma a professora Simone Becker Lopes, subcoordenadora do curso.
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Vendo os colegas obterem êxito durante a graduação, há estudantes que chegam a trocar de curso, influenciados pelo sucesso dos engenheiros. Este é o caso de Luiz Gustavo Turkot Rossetin, que trocou a Engenharia Automotiva pela Transportes e Logística.
— Quando eu vi que era um curso que agregava mais que o que eu estava, desenvolvi uma paixão. Tem mais oportunidade de emprego na parte que eu gosto, que é a portuária — disse o estudante de 23 anos, natural de Guarapuava (PR).
Estudante trocou de curso após interesse
À reportagem, João Francisco contou que decidiu não ingressar no curso escolhido como primeira opção durante uma conversa com professoras da UFSC.
— Conversei com professores, a Engenharia de Transportes e Logística me permite trabalhar com a ferrovia depois, principalmente na área de operação e gestão, enquanto o outro curso é mais a mecânica mesmo. Está sendo legal conhecer tudo e a estrutura da UFSC é boa — afirmou João Francisco.
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João Francisco havia sido o único a registrar a Engenharia Ferroviária e Metroviária como primeira opção no vestibular de 2025, prestado em dezembro do ano passado. Em 16 de janeiro, ele foi aprovado, no entanto, junto de outros 10 estudantes. Na época, a UFSC Joinville afirmou que esses alunos não atingiram a classificação na primeira opção escolhida e foram aprovados no curso pela segunda opção.
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