Aos 29 anos, Luana Lopes Lara foi eleita pela Forbes a bilionária mais jovem do mundo a fazer a própria fortuna do zero. Isso porque ela criou uma empresa que bateu, na última semana, o valor de mercado de 11 bilhões de dólares, equivalente a cerca de R$ 58,63 bilhões, convertido para a moeda brasileira. Mas, como a empresa criada pela ex-bailarina de Joinville funciona?

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Nascida em Minas Gerais, Luana foi criada em Niterói e veio adolescente para Joinville. Ela se mudou para a maior cidade de Santa Catarina para estudar balé na Escola Bolshoi. Alguns anos depois, criou a própria empresa, a Kalshi. Formada no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), Luana é cofundadora da empresa, uma plataforma que permite aos usuários fazerem apostas sobre qualquer tipo de acontecimento e é a primeira desse tipo a ser aprovada pelas agências reguladoras na história dos EUA. 

— O que a gente queria criar era um mercado em que as pessoas pudessem comprar e vender ações do que ia acontecer no futuro. De quem vai ganhar uma eleição até o que vai acontecer com a taxa de juros e quem vai ser o artista do ano — disse Luana em entrevista ao Fantástico.

Mas, como funciona a empresa? A plataforma cria perguntas objetivas com duas respostas possíveis. Por exemplo, “quem será o artista do ano?” e “vai nevar nesta semana”? Há sempre apenas duas alternativas. As pessoas apostam qual delas é a correta. Os acertadores são remunerados com os valores apostados por quem perdeu.

Segundo Luana, a Kalshi ganha com a cobrança de uma taxa pelas operações, algo semelhante a uma bolsa de valores. Portanto, quanto mais apostas são feitas, mais a empresa fatura, disse o economista Daniel Sousa ao Fantástico. 

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Ao programa, Luana usou o exemplo de artista do ano. 

— Se você acha que a Taylor Swift tá muito barata agora, acha que ela vai lançar um álbum novo e vai chegar aí a 50%, você devia comprar agora, esperar chegar 50% e você vende — cita.

Luana também ressaltou que a empresa não funciona como casa de apostas, pois eles não ganham dinheiro quando as pessoas perdem.

Para finalizar a entrevista ao Fantástico, a jovem ex-bailarina de Joinville ressaltou que a disciplina exigida na dança a ensinou a não desistir.— É muito fácil você pensar: vou ficar seis anos, seis meses, um ano, dois anos fazendo um negócio muito doloroso, muito difícil pra chegar onde eu quero. Então eu acho que o balé meio que colocou isso no meu DNA — finalizou.