A Defesa Civil de Santa Catarina utilizou pela primeira vez uma nova tecnologia para fazer o levantamento técnico nas áreas atingidas por uma tempestade, que provocou destelhamentos, queda de árvores e outros transtornos. Drones sobrevoaram os municípios de Santo Amaro da Imperatriz, na Grande Florianópolis, e Palmitos, no Oeste Catarinense, na última sexta-feira (9), e confirmaram que os estragos foram causados por tornados.

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Com os equipamentos, a equipe fez um levantamento técnico dos danos, com uma avaliação exata da extensão dos estragos. Os dados obtidos vão orientar as autoridades para tomar as ações corretas de resposta e recuperação das áreas.

A análise rápida e precisa foi possível pela câmera térmica dos drones, sensores de alta resolução, resistente a condições climáticas adversas. Além disso, a tecnologia tem capacidade de realizar mapeamentos, buscas, monitoramento de áreas de risco, acompanhamento de cheias e apoio em operações de salvamento.

O coordenador regional da Proteção e Defesa Civil de Santa Catarina, Diego Weschenfelder, aponta que os drones possibilitaram uma “cobertura mais ampla e uma visão precisa do impacto do fenômeno”. Para o secretário de Estado da Proteção e Defesa Civil, Mário Hildebrandt, o órgão “vive uma nova fase” com os drones.

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Os tornados são caracterizados por uma coluna de ar em rotação que se estende da base de uma nuvem de tempestade (geralmente uma supercélula) até o solo, com alto potencial destrutivo devido aos ventos intensos associados. Os ventos de mais de 100 km/h derrubaram uma árvore em Palmitos, que matou Ivan Elias Oldenburg, de 51 anos. O município chegou a decretar situação de emergência após o tornado, que atingiu 50 casas e deixou 65 pessoas desalojadas.

Veja fotos dos estragos causados pelos tornados

Tecnologia de ponta

O governador Jorginho Mello (PL) classificou os drones como uma “tecnologia de ponta”, em que os órgão de defesa conseguem perceber danos estruturais em casas, por exemplo, “além de ser mais econômico e eficaz do que uma aeronave tradicional”.

— A gente comprou e está entregando 24 novos drones desses para que a nossa Defesa Civil possa fazer monitoramento e mapeamento em áreas de risco […]. Porque proteção civil é prevenir, limpar os nossos rios como estamos fazendo, arrumar as barragens que estavam abandonadas e investir em tudo que tiver de mais moderno no mundo. É assim que a gente escolhe prioridade: primeiro proteger o catarinense — disse.

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