A Justiça de São Paulo condenou a Gol a indenizar uma mãe e a filha em R$ 10 mil cada uma após um episódio de agressão física e verbal em um avião da companhia aérea. O caso faz referência a uma situação de fevereiro de 2023, quando as mulheres negaram trocar de assento com uma criança com deficiência. Com informações do g1

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A confusão aconteceu antes da decolagem da aeronave que iria de Salvador, na Bahia, para São Paulo.  Na época, uma das vítimas viu que sua poltrona na janela havia sido ocupada por uma mulher com uma criança com deficiência no colo. Ela pediu para a dupla desocupar o assento e, em seguida, passou a ser xingada pela família da criança.

Além das agressões verbais, a mulher sofreu agressões físicas. A filha da vítima, na época com 19 anos, defendeu a mãe, e ficou machucada também. Os envolvidos deixaram o voo da Gol.

A mãe e filha registraram um boletim de ocorrência sobre o caso e, em junho do ano passado, entraram na Justiça contra a companhia aérea. Em março deste ano a Justiça de São Paulo condenou a Gol por danos morais.

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Em um áudio obtido pelo g1, um comissário de voo da Gol afirma que a mãe e a filha foram as culpadas por toda a situação. “Toda essa confusão começou por conta de uma passageira que não teve empatia com outra passageira que tem um filho com deficiência”, disse.

Vítimas serão indenizadas

De acordo com o juiz do caso, Sérgio Castresi de Souza Castro, as vítimas tinham direito de usufruir do serviço contratado e o dever da companhia era impedir outros passageiros de se sentarem em assentos reservados, justamente para evitar confusão.

“Se menor o que estava no colo da passageira que ocupava irregularmente a poltrona da autora possui alguma espécie de limitação ou doença física, competia aos próprios pais/responsáveis legais e, quiçá, à companhia aérea ré, de modo antecipado ao voo em questão, garantir-lhe um assento adequado, adquirindo a poltrona desejada, sem ferir direito de terceiro”, diz. 

Os vídeos da confusão no avião repercutiram na internet. Na ocasião, a companhia aérea lamentou o ato de violência e reforçou que as ações da equipe de tripulantes foram tomadas com foco na segurança.

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O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) informou que cabe recurso da decisão. Procurada pela reportagem do g1, a Gol afirmou que não comentaria o assunto.

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