A defesa da moradora de Balneário Camboriú condenada pelos ataques em Brasília de 8 de janeiro de 2023 pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a soltura de Cristiane da Silva, de 33 anos. A garçonete fugiu antes de ser sentenciada e queria se esconder nos Estados Unidos. Porém, foi detida em janeiro deste ano ao tentar entrar ilegalmente no país e acabou sendo deportada para o Brasil no fim do mês passado.

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O mandado de prisão contra Cristiane foi cumprido pela Polícia Federal quando ela desembarcou no aeroporto de Fortaleza, no Ceará, estado onde segue encarcerada há cerca de duas semanas. A defesa de Cristiane pede que a cliente seja colocada em liberdade para retornar a Santa Catarina. No documento que aguarda análise do ministro Alexandre de Moraes, a advogada de Cristiane pede:

“Seja expedido alvará de soltura em favor da apenada, a fim de que ela possa retornar, o mais breve possível, à comarca de Balneário Camboriú para iniciar o cumprimento da pena imposta”.

Não há prazo para o magistrado responder à solicitação.

Cristiane foi condenada a um ano de prisão em regime aberto pelos crimes de incitação ao crime e associação criminosa. Entretanto, a pena foi convertida em prestação de serviço comunitário e obrigatoriedade de participação em um curso sobre democracia.

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A cronologia da prisão de Cristiane

A garçonete foi presa em frente a um quartel do Exército em Brasília em 9 janeiro de 2023, quando vários manifestantes pediam intervenção inconformados com a derrota de Jair Bolsonaro (PL) para a presidência da República. Após 10 dias, ela recebeu direito de responder ao processo em liberdade, mas precisava usar tornozeleira eletrônica, por determinação do ministro Alexandre de Morais.

Mais de um ano depois, em 27 de junho de 2024, a justiça de Balneário Camboriú informou ao Supremo Tribunal Federal que a mulher tinha rompido o dispositivo. Ela teria, então, ido para a Argentina, onde se juntou a outros foragidos e partiu rumo aos Estados Unidos, onde esperava ser acolhida por Donald Trump, recém-eleito à época e apoiador do ex-presidente brasileiro.

Cristiane passou cerca de quatro meses presa após ser barrada em El Paso, na fronteira sudoeste do Texas com o México. Ela aguardava ser deportada, o que só ocorreu no fim do mês passado, no Ceará. Agora, ela tenta novamente a soltura para retornar a Balneário Camboriú e cumprir a pena.

Como era Balneário Camboriú no passado?

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