Estão de volta à cadeia os dois homens condenados pelo assassinato da adolescente Tauana Letícia Fachini, de apenas 17 anos. O crime ocorreu há mais de uma década em Blumenau. Ingridiom Vasconcellos foi capturado pela Polícia Civil nesta quarta-feira (1º), no bairro Badenfurt. Já Rodolfo Felipe de Oliveira voltou para atrás das grades em janeiro deste ano, mas a informação veio a público agora.
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Ambos foram sentenciados em 14 de março de 2024, passaram uma semana na prisão e conseguiram o direito de aguardar em liberdade o trânsito em julgado — quando não há mais possibilidade de recorrer. Porém, seis meses depois, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que condenados por júri popular, como os dois, podem ser presos imediatamente após a sentença quando a pena supera 15 anos.
Essa mudança de entendimento fez com a Justiça voltasse a determinar a prisão de Rodolfo, que recebeu pena de 21 anos e quatro meses, e de Ingridiom, condenado inicialmente a 17 anos e oito meses de prisão — este, entretanto, conseguiu redução da condenação para 14 anos. O advogado Rodolfo Warmeling tenta atualmente, através de recurso no STF, a anulação do júri popular.
Rodolfo voltou para a cadeia em janeiro último. Mas Ingridiom era considerado foragido. A Polícia Civil informou ter sido necessário um trabalho intenso de diligências para conseguir localizá-lo.
Relembre o caso
A investigação aponta que Rodolfo arquitetou o assassinato da namorada porque suspeitava de traição. Então contratou Ingridiom por R$ 3 mil para cometer o crime. Naquela madrugada de 2013, Tauana estava na garupa de uma moto pilotada pelo companheiro quando o casal foi abordado por uma dupla em outra motocicleta. O carona deu três tiros na vítima e um na perna de Rodolfo.
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Segundo a apuração, quem atirou foi o amigo do namorado e quem pilotava a moto para ajudá-lo era um adolescente também contratado para o crime. A ideia do tiro na perna do namorado teria partido dele mesmo, para despistar as autoridades sobre a autoria do assassinato. Consta no processo que a arma usada inclusive foi fornecida pelo namorado ao atirador horas antes do ataque.
Em maio de 2014, os dois foram presos preventivamente pelo crime, mas conseguiram o direito de responder ao processo em liberdade. Só voltaram à cadeia uma década mais tarde, no julgamento. Ambos alegam inocência.
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