Quem frequenta o Vale da Utopia, recanto do litoral considerado o reduto dos hippies de Santa Catarina, não sabe se a água está própria ou imprópria para banho. Isto porque o local, que fica escondido entre os morros de Palhoça, na Grande Florianópolis, não faz parte do programa de monitoramento de balneabilidade do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA/SC) e, por isso, não há como saber qual é a qualidade da água na região.
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O reduto dos hippies, conhecido por este nome por atrair turistas de todo o Brasil que buscam por mais contato com a natureza, está localizado entre a Praia da Pinheira e a Praia da Guarda do Embaú, ambas em Palhoça, e faz parte do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro.
Para chegar no Vale da Utopia, é necessário fazer uma trilha com duração de cerca de 15 minutos, caso seja feita pela Praia da Pinheira. Também é possível acessar a região pela Praia da Guarda do Embaú, em um trajeto mais longo, com cerca de 2 horas de duração.
Veja as fotos do Vale da Utopia
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Pequena praia isolada de águas cristalinas
Coberto por uma extensa grama verde, o Vale da Utopia abriga a pequena Praia do Maço, com cerca de 50 metros de comprimento e águas cristalinas. De acordo com a prefeitura de Palhoça, por ser parte do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, o local tem o meio ambiente preservado, e por isso, não conta com infraestrutura para turistas. O órgão municipal também destaca que é proibido a prática de acampamento na região.
A falta de infraestrutura e o isolamento fazem com que a Praia do Maço não esteja dentro dos critérios condicionantes para a seleção dos pontos do litoral catarinense que terão ou não a medição de balneabilidade feita pelo IMA. A acessibilidade ao público e o fato de estar localizado em áreas mais movimentadas, ou com grandes fluxos de turistas, são outras exigências para que um ponto seja monitorado pelo instituto.
“É importante que o local tenha infraestrutura de apoio, como vigilância e serviços de segurança, como ocorrem nas praias mais urbanas, ou se na região de determinado ponto há riscos de poluição. Não parece ser o caso da Praia do Maço, que fica em um local bem preservado”, explica o IMA.
Ainda, é preciso que a prefeitura municipal, associação dos moradores ou representantes da cidade, tenha o interesse em adicionar o ponto no programa de balneabilidade. Para isso, eles devem solicitar ao instituto suas necessidades e encaminhar justificativas, “para que a equipe técnica possa avaliar e definir acrescer ou não”.
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O NSC Total procurou a prefeitura de Palhoça, contudo, até a publicação desta reportagem, não houve retorno. O espaço segue aberto.
O que diz o IMA
“As solicitações de acréscimo de pontos para a pesquisa de balneabilidade são encaminhadas ao Instituto pelas próprias administrações municipais, associações de moradores e representantes das cidades que solicitam ao IMA suas necessidades encaminhando justificativas, para que a equipe técnica possa avaliar e definir, acrescer ou não, mais pontos de acordo com a solicitação oficializada ao Instituto envolvendo uma série de fatores, como a infraestrutura local, características ambientais, critérios técnicos de monitoramento e até a demanda por dados.
A seleção dos pontos ocorre de tal forma que todo o litoral seja avaliado, concentrando as coletas justamente nos locais mais suscetíveis de poluição – os de maior fluxo de banhistas.
O IMA realiza um amplo monitoramento, com histórico dos resultados de cada ponto monitorado sendo importante lembrar que o trabalho desenvolvido pelo Instituto faz com que Santa Catarina seja o segundo maior em extensão de pontos monitorados e o maior em número de análises durante a temporada de verão, ou seja, está em entre os estados que mais monitoram pontos de balneabilidade no litoral.
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É importante entender que há critérios para selecionar os pontos como por exemplo: o ponto de balneabilidade deve ser acessível para o público e, geralmente, está localizado em áreas mais movimentadas ou com grande fluxo de turistas. Além disso, é importante que o local tenha infraestrutura de apoio, como vigilância e serviços de segurança como ocorrem nas praias mais urbanas condicionantes ambientais se na região de determinado ponto há riscos de poluição não parece ser o caso da Praia do Maço que fica em um local bem preservado.
A seleção dos pontos de balneabilidade é orientada por normas estabelecidas por órgãos de saúde pública, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e as regulamentações locais, como o Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) no Brasil, que define critérios e padrões para as análises de balneabilidade. então há todo um regramento para selecionar os pontos“.
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