Desde sexta-feira ao meio-dia até a manhã desta segunda-feira o Serviço de Triagem Médica do Coronavírus realizou 164 consultas de pacientes com suspeita da doença, em Chapecó. O atendimento está disponível das 7h às 19h, com estudantes em final de curso monitores médicos que passam as orientações de tratamento, medicação e, se necessário, encaminhamento para consultas presenciais. O serviço é uma parceria da secretaria com médicos voluntários, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e Unochapecó.

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Consultas por telefone em  Chapecó
Serviço foi criado com auxílio de médicos voluntários e inicou sexta-feira (Foto: Prefeitura de Chapecó)

De acordo com a médica infectologista da secretaria de Saúde de Chapecó Carine Kolling a medida ajuda a reduzir o atendimento presencial. No Hospital de Campanha montado na Escola Marechal Bormann, que nos primeiros dias registrou 40 a 50 pessoas, no domingo atendeu apenas 10 pessoas.

– É um ponto positivo pois ajuda a desafogar o atendimento presencial. A orientação é que os pacientes com sintomas leves fiquem em casa – disse a médica.

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Ela informou que Chapecó continua com cinco casos confirmados, sendo que três viajaram ao exterior. Há outros 13 casos suspeitos, sendo que três estão internados, dois em UTI. Lembrando que as pessoas que buscaram atendimento presencial ou por telefone também são considerados suspeitos mas os testes serão feitos somente nos casos de problemas respiratórios graves.

A prefeitura de Chapecó iniciou na manhã desta segunda-feira a desinfecção de espaços públicos de transporte de passageiros, como o terminal urbano de transporte coletivo e o aeroporto Serafim Enoss Bertaso. À tarde será feito o trabalho no Terminal Rodoviário Intermunicipal Raul Bartolomei. Os locais estão ociosos depois dos decretos que proíbem o transporte coletivo, com exceção de sáude e indústrias. No caso do aeroporto o prefeito Luciano Buligon disse que está aberto mas sem voos regulares.

O prefeito também ressaltou que vai seguir a orientação do governador Carlos Moisés da Silva e prorrogar a retomada gradual das atividades, por mais uma semana.

– Eu não posso ir contra um decreto do governador, eu posso restringir mais. Vamos para 21 dias de isolamento que é uma medida que tem se mostrado eficaz. O que retomou são as lotéricas as obras públicas, que são realizadas em espaço aberto e permitem uma boa distância entre os funcionários – disse.

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O prefeito ressaltou que, se 1% dos 220 mil habitantes de Chapecó necessitarem de respiradores, daria 2,2 mil pessoas ou que é mais do que o número de leitos existentes no estado, que são 800, mesmo com a ampliação prevista pra mais 700 leitos. Ou seja, só a demanda de Chapecó seria maior do que a capacidade de atendimento do estado. O Hospital Regional de Chapecó tem 30 leitos de UTI e vai passar para 40.

Em relação ao atendimento de pessoas em situação vulnerável a secretária de Assistência Social, Ulda Baldissera, disse que o município está realizando o atendimento e fez uma parceria com a Cruz Vermelha para o recolhimento e distribuição de doações.