Florianópolis tem 1,79 quilômetros de corredores exclusivos para o transporte coletivo. Segundo o Observatório da Mobilidade Urbana da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a cidade é a capital do Brasil com o menor número de quilômetros dedicados para as faixas preferenciais do transporte público, sendo essa umas das principais demandas dos moradores para melhorar a mobilidade do município.
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O transporte público foi o quarto tema mais votado no projeto SC Ainda Melhor, lançado pela NSC Comunicação na segunda-feira (2). A iniciativa buscou identificar junto à população, por meio de uma enquete no NSC Total e no g1, quais são os problemas mais relevantes nas cidades de Santa Catarina.
Transporte público e ciclovias: as prioridades da mobilidade urbana em Florianópolis
Para entender melhor as prioridades, diversas entidades da capital catarinense foram consultadas: Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif), Floripa Amanhã e o Floripa Sustentável.
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Em relação ao transporte coletivo, os principais pontos levantados foram:
- Ampliar a atratividade do uso do transporte público nos municípios;
- Investir em um levantamento detalhado sobre a utilização de linhas e horários, para verificar a demanda e reorganizar a frota de ônibus;
- Ampliar horários nos fins de semana;
- Reformar pontos de ônibus;
- Investir na qualidade da frota;
- Liderar a discussão de um projeto integrado de transporte público na Grande Florianópolis;
- Investir na implantação de corredores de ônibus em Florianópolis, reduzindo tempo de deslocamento.
Corredores exclusivos
Entre as principais queixas dos moradores de Florianópolis sobre o transporte público está o tempo de viagem. Bernardo Meyer, coordenador do Observatório de Mobilidade Urbana da UFSC, explica que a diminuição das horas que uma pessoa passa dentro do ônibus seria um atrativo para que a população utilize cada vez mais o transporte coletivo e deixe os carros em casa.
— Como fazer isso? Por meio da implementação de pistas exclusivas e faixas preferenciais para o transporte público. Essas duas ações nos permitiram ganhar significativamente a redução dos tempos de viagem. Com isso teremos mais pessoas sendo atraídas para o sistema — disse.
Para Anderson Nazário, presidente da Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana OAB/SC, a implantação de corredores exclusivos é o melhor caminho para melhorar a qualidade do transporte público da Capital.
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— É uma alternativa rápida de se implantar e que pode solucionar o problema da cidade. Complexos na sua execução alguns trechos, mas que podem ser sanados e permitir que a viagem possa ser mais rápida do Norte da Ilha ao Centro, do Sul da Ilha ao Centro, resolvendo aqueles pontos onde hoje a gente conhece um estrangulamento — diz.
A definição da quantidade de ônibus que circulam nos bairros da cidade passa pelo poder público, que avalia a demanda e informa a empresa prestadora do serviço sobre a necessidade.
— Temos que deixar de ser a capital com o menor número de quilômetros dedicados para as faixas preferenciais para o transporte público. Isso é um título muito desagradável. É uma coisa que o próximo prefeito tem condições de atuar — fala Bernardo Meyer.
O coordenador do Observatório de Mobilidade Urbana também avalia outras melhorias, como novos subsídios para tarifas e redução da poluição gerada pelo transporte público para que as empresas tenham cada vez mais veículos com combustíveis menos poluentes.
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Integração entre cidades
A integração entre os bairros e as cidades também é outra prioridade elencada pelo SC Ainda Melhor. Para Valmir Antunes da Silva, presidente do conselho metropolitano para o desenvolvimento da Grande Florianópolis, é preciso ter a união entre os municípios da região.
— Porque isso é um assunto que não se trata apenas Florianópolis. É Palhoça, São José, Santo Amaro e todas as cidades — finaliza.
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