Os Correios elevaram a meta de demissões voluntárias para 15 mil, uma estratégia para tirar a estatal da crise financeira. A estimativa é que 10 mil funcionários sejam desligados em 2026, e mais 5 mil em 2027. Os desligamentos devem promover uma economia de R$ 1,4 bilhão. As informações são de O Globo.
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A medida faz parte de um documento interno, chamado “Correios em Reestruturação”, para informar os trabalhadores do plano de demissões voluntárias (PDV) e a meta de recuperação, a ser executado entre 2025 e 2027. O comunicado informa que a iniciativa é voluntária, e confirma também que as contratações dos aprovados no concurso público, no final do ano passado, devem ser feitas apenas a partir de 2027.
A direção da estatal informou também que vai revisar a estrutura organizacional para melhorar a governança, e um novo Plano de Cargos e Salários (PCCS) deve ser implantado até dezembro de 2026, “alinhado às necessidades operacionais e estratégicas para os próximos anos.” O comunicado não detalha quais medidas serão adotadas nesse caso.
Quais mudanças prevê o plano de recuperação dos Correios
A recuperação dos Correios passa por algumas mudanças previstas no plano, uma delas no plano de saúde, até junho de 2026, com medidas que prometem tornar o modelo sustentável, além de medidas para melhorar a gestão do Postalis, fundo de pensão, até março de 2026.
Outra estratégia já anunciada é uma “revisão técnica” de mil unidades deficitárias, como aquelas com baixo movimento, custos operacionais altos, ou lugares onde os canais alternativos possam oferecer mais eficiência.
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A administração da companhia esclarece que a principal prioridade é regularizar os pagamentos aos fornecedores até o início de 2026. Para isso, reforça que um empréstimo de R$ 20 bilhões será necessário. Parte deste dinheiro ainda para 2025, e o resto para 2026.
Apesar das tentativas da direção da estatel em melhorar as condições do empréstimo oferecido pelos bancos – diante da recsa do Tesouro Nacional em fazer a operação – não houve avanços até sexta-feira (5). O documjento interno afirma, no entanto, que a empresa naciona alternativas com o governo, como um aporte emergencial de recursos pelo Tesouro.
Financiamento do Banco dos Brics
O plano propõe a implementação de projetos estratégicos com o objetivo de incrementar as receitas e fortalecer a presença dos Correios em setores onde a empresa possui capacidade competitiva. Também estão programadas ações para atualizar os modelos de serviço e integrar de maneira mais eficaz os canais físicos e digitais.
A partir de 2027, o plano projeta o retorno dos investimentos a partir da aprovação do financiamento pelo Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), conhecido como Banco do Brics. A previsão é receber cerca de R$ 760 milhões por ano até 2030.
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