Os Estados Unidos enfrentam o maior Shutdown (espécie de paralisação geral dos servidores públicos) da história do país. O impasse com o Congresso faz com que o governo americano, liderado pelo Presidente Donald Trump, seja forçado a cortar gastos considerados não essenciais. E uma das organizações mais afetadas pela redução nos investimentos é a NASA, a agência espacial americana.
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Com o corte de gastos, a NASA foi obrigada a colocar quase 90% dos funcionários em uma licença não-remunerada. Esse número representa quase 15 mil pessoas, que atuam em diversos setores da agência. Por Lei, esses colaboradores são proibidos de trabalhar, mesmo que de forma voluntária.
Essa redução no corpo de funcionários e no orçamento paralisou praticamente toda a operação da NASA. Pesquisas científicas, desenvolvimento de novos projetos, testes em laboratórios e até mesmo estudos de objetos espaciais, além de atividades educativas e o acesso do público às dependências da agência. Todos esses serviços estão suspensos.
Crise pode atrasar missão de retorno à Lua
Uma das maiores preocupações da diretoria da NASA é a continuidade da missão Artemis III, que pretende levar a humanidade de volta à Lua. Apesar de ser considerada uma prioridade da agência e até mesmo do governo americano e de manter as operações mais críticas para o desenvolvimento e segurança do programa continuem em funcionamento, a paralisação e o corte de gastos interrompeu de forma significativa diversas atividades essenciais para o andamento da missão.
A paralisação afeta a pesquisa, o gerenciamento de contratos, o desenvolvimento de novas tecnologias e o suporte de infraestrutura, ameaçando o cronograma de lançamento de futuras missões e aumentando o risco de quebras na cadeia de suprimentos por pequenos contratantes sem recursos, o que pode forçar a NASA a adiar o retorno humano à Lua por semanas ou até meses, cedendo tempo a concorrentes globais na nova corrida espacial.
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O projeto inicial era voltar à Lua com uma missão tripulada em setembro de 2024, mas foi adiado para fevereiro do ano que vem. Com o shutdown, o novo prazo, apesar de não ser oficial, ficou para abril de 2026.
Entenda o shutdown
A paralisação geral nos Estados Unidos ocorre quando o Congresso não aprova o orçamento federal antes do início do ano fiscal, que, no país da América do Norte, começa no dia 1º de outubro. Sem a autorização formal para gastar, o governo é forçado a suspender as atividades consideradas não essenciais, pois fica sem fundos para manter os serviços e pagar a maior parte dos funcionários federais.
Serviços vitais, como segurança nacional, policiamento e controle de tráfego aéreo, geralmente continuam operando, mas os funcionários podem ser forçados a trabalhar sem remuneração imediata.
É o que acontece com a NASA, que manteve em funcionamento apenas as operações consideradas essenciais para a segurança da humanidade, como a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) e os satélites que monitoram a Terra no espaço.
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