A falsificação de medicamentos é um risco real para a saúde pública: a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já determinou apreensão de lotes falsos de medicamentos importantes, como Rybelsus (para diabetes) e Ofev (para fibrose).
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Um medicamento falso pode ser identificado com atenção a detalhes como registro, embalagem e bula; essas pequenas falhas podem salvar vidas e é importante ficar atento.
O que é um medicamento falsificado
Em entrevista à Agência, Camila Albuquerque, farmacêutica clínica intensivista do Grupo Kora Saúde, comentou: “Um medicamento falsificado é aquele produto que tenta imitar o medicamento verdadeiro, porém sem a mesma composição, eficácia ou segurança do original”.
Segundo a especialista, a falsificação não é apenas uma questão estética: muitas vezes, o princípio ativo está ausente, em dose incorreta ou até substituído, o que pode prejudicar o tratamento do paciente.
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Como identificar sinais de falsificação na embalagem
Uma das primeiras pistas para desconfiar de um remédio falsificado está na embalagem externa. Camila explica que o medicamento legítimo deve obrigatoriamente apresentar registro na Anvisa.
“Se não houver esse registro, o medicamento já se torna suspeito de falsificação”. Além disso, embalagens falsas costumam ter impressão de qualidade inferior, com cores deslocadas, fontes borradas ou até erros de ortografia.
Outro ponto importante é a validade e lote, que precisam estar bem visíveis e legíveis. Também é fundamental que todas as informações estejam em português, conforme exigência regulatória.
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O que observar no produto
A farmacêutica alerta que nem só a embalagem pode trair uma falsificação. “Alterações de cor, sabor, volume ou presença de corpos estranhos são sinais de desvio de qualidade”, afirma.
Se o comprimido estiver esfarelando, descascando ou com textura diferente, é motivo para suspeita. No caso de líquidos, variações no volume ou sedimentação fora do padrão também são indícios que devem despertar atenção.
A bula é outro fator essencial para identificar se um medicamento é autêntico. A especialista destaca que ela deve ser original, em português, padronizada e completa, com dados sobre dosagem, composição química, efeitos colaterais e outras informações técnicas.
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Bulas incompletas, mal traduzidas ou impressas com baixa qualidade são sinais de alerta.
Consulte fontes confiáveis para confirmar a autenticidade
Se houver qualquer dúvida sobre a veracidade do medicamento, Camila orienta: o primeiro passo é acessar o site da Anvisa, onde é possível confirmar o registro do produto.
“Também é importante verificar o nome do fabricante e o registro do produto, conferindo se os dados conferem com o medicamento em mãos”, destaca.
Em caso de suspeita, a paciente pode notificar a Anvisa via os canais oficiais, como o sistema Notivisa (para profissionais de saúde) ou a plataforma “Fala BR” (para pacientes).
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Para casos de denúncia, você pode entrar em contato com a Anvisa pelo número 0800 642 9782 ou pelo email ouvidoria@anvisa.gov.br. A Polícia Civil também pode ser acionada.
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